Sinopse: Em A Rapariga que Inventou Um Sonho, o autor do best-seller Kafka à Beira-Mar envolve a fantasia com a mais natural das realidades. Do surreal ao mundano, estas histórias exibem a sua habilidade de transformar o curso da experiência humana na mais pura e surpreendente arte literária.
Há corvos animados, macacos criminosos, um homem de gelo… Há sonhos que nos moldam e coisas que sempre sonhámos ter… Há reuniões em Itália, um exílio romântico na Grécia, umas férias no Havai… Há personagens que se confrontam com perdas dolorosas, outras que se deparam com distâncias inultrapassáveis entre os que querem estar o mais próximo possível.
Quase todas as histórias são melancólicas, com personagens submersas pela solidão. Murakami junta os seus temas favoritos: os acontecimentos inexplicáveis (o tal toque de fantástico que provoca por vezes a sua inclusão na corrente do realismo fantástico), as coincidências, o jazz, os pássaros e os gatos. Tal como foi escrito no Los Angeles Times Book Reviey, "Murakami abraça o fantástico e o real, cada um com a mesma envolvência de intensidade e luminosidade."
Há corvos animados, macacos criminosos, um homem de gelo… Há sonhos que nos moldam e coisas que sempre sonhámos ter… Há reuniões em Itália, um exílio romântico na Grécia, umas férias no Havai… Há personagens que se confrontam com perdas dolorosas, outras que se deparam com distâncias inultrapassáveis entre os que querem estar o mais próximo possível.
Quase todas as histórias são melancólicas, com personagens submersas pela solidão. Murakami junta os seus temas favoritos: os acontecimentos inexplicáveis (o tal toque de fantástico que provoca por vezes a sua inclusão na corrente do realismo fantástico), as coincidências, o jazz, os pássaros e os gatos. Tal como foi escrito no Los Angeles Times Book Reviey, "Murakami abraça o fantástico e o real, cada um com a mesma envolvência de intensidade e luminosidade."
A minha opinião: Não me considava uma fã de contos. Sempre preferi romances que, por serem mais longos, eram, a meu ver, mais ricos no que dizia respeito ao estabelecimento duma ligação com as personagens/história. Foi por isso que, quando peguei neste livro há uns meses atrás, li apenas o primeiro conto e deixei-o de lado.
Por alguma razão decidi retomá-lo e, desta vez, não consegui parar. Corrijo, a leitura em si não foi rápida, afinal de contas, trata-se de Murakami e os contos que mais me chamaram a atenção exigiram uns momentos de reflexão pós-leitura. Acontece, porém, que houve uma interseção entre o meu estado de espírito e a atmosfera surreal murakamiana de tal modo que o primeiro conto acabou por ser um dos meus preferidos.
Quem conhece Murakami reconhecerá muitos elementos dos seus romances nesta coletânea de contos. No entanto, por serem mais curtos, têm, a meu ver, um maior poder de desconcertar o leitor. As palavras e os sentimentos adquirem um maior significado, os acontecimentos menor importância. Cada conto apresenta em poucas páginas uma história de 2 ou 3 personagens, onde são na verdade a solidão, o medo, o arrependimento ou a melancolia dessas mesmas personagens os verdadeiros protagonistas. E só assim é que, imediatamente, há contos que nos dizem tanto, apesar de nada do que está relatado ser semelhante ao que vivemos.
Destaco os contos "A rapariga que inventou um sonho", A Menina dos Anos","A História de uma tia pobre", "O Sétimo Homem", "Tony Takitani". Todos eles encerram poderosas mensagens sobre a nossa visão do mundo, os desejos, a crueldade do esquecimento, o perigo de não enfrentarmos os nossos medos ou a solidão profunda.
Não diria que os outros contos não devam ser referidos, mas numa coletânea de 24 contos, há claramente contos que nos apelam mais que outros.
Murakami é um autor que recomendo, ainda que, para primeiro contacto, Sputnik, Meu Amor ou A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol me pareçam mais adequados.
Murakami é um autor que recomendo, ainda que, para primeiro contacto, Sputnik, Meu Amor ou A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol me pareçam mais adequados.
Classificação: 8/10 - Muito Bom
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