Sinopse: Em 1937, Xangai era a Paris da Ásia, uma cidade de grande riqueza e glamour. Duas jovens irmãs, Pearl e May Chin, gozam a época dourada das suas vidas, graças à fortuna do pai. São ambas bonitas, modernas, despreocupadas e cosmopolitas. Um dia, porém, o pai anuncia que perdeu toda a fortuna na mesa de jogo, e que, para pagar as dívidas, as vendeu como esposas a compatriotas endinheirados que vieram da Califórnia à procura de noivas chinesas. Já com as bombas japonesas a caírem sobre a sua amada cidade, Pearl e May embarcam na viagem das suas vidas rumo à América. Recomeçam a vida e Los Angeles, tentando encontrar o amor junto dos estranhos com quem casaram. Divididas entre o fascínio de Hollywood e os antigos modos de vida e as regras de Chinatown, esforçam-se por aceitar a vida americana, combatendo a discriminação e o Maccartismo. Pearl e May são amigas inseparáveis; porém, como todas as irmãs, nutrem também, uma pela outra, invejas e rivalidades mesquinhas. Enfrentam sacrifícios terríveis, fazem escolhas impossíveis e partilham um segredo devastador, capaz de mudar as suas vidas.
A minha opinião: Depois duma excelente experiência com o Leque Secreto, da mesma autora, a vontade de regressar à cultura chinesa era grande. E devo dizer que a viagem não ficou aquém das expectativas.
Neste livro, acompanhamos duas irmãs de Xangai, que devido a acontecimentos infelizes são obrigadas a casar-se com homens chineses que não conhecem, radicados em Los Angeles. Para além disso, a viagem não será fácil, por duas grandes razões : os japoneses tinham começado a sua invasão na China e a entrada de chineses nos EUA era feita à base de inúmeros e extenuantes interrogatórios, com vista a não deixar que os mesmos fossem ilegalmente para lá.
Graças a uma grande pesquisa e à recolha de histórias verídicas de chineses da época, a autora conseguiu transportar-me de uma excelente forma para esta época, permitindo-me perceber um pouco das dificuldades passadas por eles durante a vinda para os EUA e a luta pela sua sobrevivência, uma vez radicados no país. Apesar de tudo isso estar bem relatado, a autora também não descuidou os hábitos chineses e todos aqueles pormenores que me interessam tanto sobre a sua mentalidade e princípios.
Ler Raparigas de Xangai foi, sem dúvida, uma excelente forma de conhecer um pouco mais sobre este povo e sobre as dificuldades que ultrapassou neste período da história, enquanto me deliciei com um enredo e acontecimentos muito bem construídos pela autora.
Quer para contactar com a cultura oriental, quer para ler uma belíssima história, pela minha parte, Lisa See é uma escitora aconselhada.
Classificação: 8/10 - Muito Bom
5 comentários:
Sabe que nunca li nada da autora? Mas fiquei interessada, pq adoro saber sbobre outras culturas!
Bjks
Eu li o Leque Secreto e adorei. O choque de culturas é delicioso. Estou ansiosa para ler este. Beijinhos
Gosto destas histórias orientais, em grande parte devido a Murakami. Temos um termo de comparação entre ele e esta autora, ou nem por isso? :)
Boas leituras!!
PS: Passa pelo Lydo, que está lá até Domingo um passatempo no qual podes ganhar um exemplar do livro «O Passado que Seremos» da Inês Botelho!
Bom dia.
Queria pedir-lhes se poderiam divulgar e criticar o meu livro, Mistério em Connellsville.
Todas as informações em www.misterioemconnellsville.blogspot.com
Com os melhores cumprimentos.
Tiago, nem por isso. Apesar de serem os dois excelentes para viajar à cultura oriental, pouco mais têm de semelhante.
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