segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Raparigas de Xangai, de Lisa See

Sinopse: Em 1937, Xangai era a Paris da Ásia, uma cidade de grande riqueza e glamour. Duas jovens irmãs, Pearl e May Chin, gozam a época dourada das suas vidas, graças à fortuna do pai. São ambas bonitas, modernas, despreocupadas e cosmopolitas. Um dia, porém, o pai anuncia que perdeu toda a fortuna na mesa de jogo, e que, para pagar as dívidas, as vendeu como esposas a compatriotas endinheirados que vieram da Califórnia à procura de noivas chinesas. Já com as bombas japonesas a caírem sobre a sua amada cidade, Pearl e May embarcam na viagem das suas vidas rumo à América. Recomeçam a vida e Los Angeles, tentando encontrar o amor junto dos estranhos com quem casaram. Divididas entre o fascínio de Hollywood e os antigos modos de vida e as regras de Chinatown, esforçam-se por aceitar a vida americana, combatendo a discriminação e o Maccartismo. Pearl e May são amigas inseparáveis; porém, como todas as irmãs, nutrem também, uma pela outra, invejas e rivalidades mesquinhas. Enfrentam sacrifícios terríveis, fazem escolhas impossíveis e partilham um segredo devastador, capaz de mudar as suas vidas.

A minha opinião: Depois duma excelente experiência com o Leque Secreto, da mesma autora, a vontade de regressar à cultura chinesa era grande. E devo dizer que a viagem não ficou aquém das expectativas.

Neste livro, acompanhamos duas irmãs de Xangai, que devido a acontecimentos infelizes são obrigadas a casar-se com homens chineses que não conhecem, radicados em Los Angeles. Para além disso, a viagem não será fácil, por duas grandes razões : os japoneses tinham começado a sua invasão na China e a entrada de chineses nos EUA era feita à base de inúmeros e extenuantes interrogatórios, com vista a não deixar que os mesmos fossem ilegalmente para lá.

Graças a uma grande pesquisa e à recolha de histórias verídicas de chineses da época, a autora conseguiu transportar-me de uma excelente forma para esta época, permitindo-me perceber um pouco das dificuldades passadas por eles durante a vinda para os EUA e a luta pela sua sobrevivência, uma vez radicados no país. Apesar de tudo isso estar bem relatado, a autora também não descuidou os hábitos chineses e todos aqueles pormenores que me interessam tanto sobre a sua mentalidade e princípios.

Ler Raparigas de Xangai foi, sem dúvida, uma excelente forma de conhecer um pouco mais sobre este povo e sobre as dificuldades que ultrapassou neste período da história, enquanto me deliciei com um enredo e acontecimentos muito bem construídos pela autora.

Quer para contactar com a cultura oriental, quer para ler uma belíssima história, pela minha parte, Lisa See é uma escitora aconselhada.

Classificação: 8/10 - Muito Bom

5 comentários:

La Sorcière disse...

Sabe que nunca li nada da autora? Mas fiquei interessada, pq adoro saber sbobre outras culturas!
Bjks

Lia Silva disse...

Eu li o Leque Secreto e adorei. O choque de culturas é delicioso. Estou ansiosa para ler este. Beijinhos

Tiago Mendes disse...

Gosto destas histórias orientais, em grande parte devido a Murakami. Temos um termo de comparação entre ele e esta autora, ou nem por isso? :)

Boas leituras!!

PS: Passa pelo Lydo, que está lá até Domingo um passatempo no qual podes ganhar um exemplar do livro «O Passado que Seremos» da Inês Botelho!

Aprendiz de Poetisa disse...

Bom dia.

Queria pedir-lhes se poderiam divulgar e criticar o meu livro, Mistério em Connellsville.

Todas as informações em www.misterioemconnellsville.blogspot.com

Com os melhores cumprimentos.

Jacqueline' disse...

Tiago, nem por isso. Apesar de serem os dois excelentes para viajar à cultura oriental, pouco mais têm de semelhante.