quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Duas Irmãs, Um Rei, de Philippa Gregory

Sinopse: Duas Irmãs, Um Rei apresenta uma mulher com uma determinação e um desejo extraordinários que viveu no coração da corte mais excitante e gloriosa da Europa e que sobreviveu ao seguir o seu próprio coração. Quando Maria Bolena, uma rapariga inocente de catorze anos, vai para a corte, chama a atenção de Henrique VIII. Deslumbrada com o rei, Maria Bolena apaixona-se por ele e pelo seu papel crescente como rainha não oficial. Contudo, rapidamente se apercebe de que não passa de um peão nas jogadas ambiciosas da sua própria família. À medida que o interesse do rei começa a desvanecer-se, ela vê-se forçada a afastar-se e dar lugar à sua melhor amiga e rival: a sua irmã, Ana. Então Maria sabe que tem de desafiar a sua família e o seu rei, e abraçar o seu destino. Uma história rica e cativante de amor, sexo, ambição e intriga.

A Minha Opinião:
As expectativas para este livro eram bastante elevadas, não só por ter gostado muito de Catarina de Aragão, A Princesa Determinada como também por ter adorado o filme quando o vi. Em Duas Irmãs, Um Rei, acompanhamos o caso das irmãs Bolena. Por um lado, Maria, a mais nova, uma alma generosa e obediente que se envolve com o rei por ser obrigada pela sua família e por outro, Ana, a mais velha, uma rapariga ambiciosa que não olha a meios para atingir os seus fins e que, por astúcia, acabará por casar com Henrique VIII. Gostei bastante de como Philippa Gregory retratou o percurso de vida de Ana Bolena e a sua influência no processo de distanciamento da Inglaterra da Igreja.

Como o título original (The Other Boleyn Girl) indica, a história é-nos contada não por Ana Bolena, como seria de esperar, mas pela outra rapariga Bolena, Maria, sua irmã. Achei uma ideia muito original por parte da autora, pois quando se fala desta altura fala-se principalmente de Ana Bolena.


Philippa Gregory é, de facto, talhada para escrever romances históricos. Por muito que sejamos conhecedores da época e dos acontecimentos relatados, a autora consegue dar-nos diferentes perspectivas dos mesmos, o que faz com que tenhamos uma ideia mais exacta/menos parcial daquilo que aconteceu e, ao fazê-lo, consegue agarrar-nos ao livro de uma maneira excelente.
Um excelente incentivo para continuar a ler a série de livros que tem sobre os Tudor.

Pelos dois livros que li dela, nota-se que nos dá uma perspectiva bem feminina dos acontecimentos relatados e estas têm personalidades fortes. Não sei se isto acontece na maioria dos seus livros, mas é algo que eu valorizo muito, pois dá-me assim a possibilidade de encarnar a personagem de uma forma quase real.


Ainda que, obviamente, o livro tenha um rigoroso fundo histórico, a autora conjuga os acontecimentos históricos com pormenores da sua autoria de uma forma perfeitamente credível, o que resulta numa história muito interessante.


Apesar das suas 600 páginas, este livro lê-se num instante para todos aqueles que, como eu, queiram mergulhar no mundo de Henrique VIII, percorrer os aposentos reais e ficar surpreendidos com tudo o que por lá poderá ter acontecido. A partir do momento em que estamos imersos no seu mundo, é difícil abandoná-lo.


Classificação: 9/10 - Excelente

4 comentários:

Fernanda disse...

Não li este livro mas vi o filme e adorei. Depois fiquei foi com pena de não ter lido o livro pois é sempre melhor que o filme, não é?

Boas leituras!

Jacqueline' disse...

Sim, o livro tem sempre algo mais :)

Jojo disse...

Eu quero ler estes livros de Phillipa Gregory sobre a família Tudor. É uma época que me intriga. Havia um séria da Showtime que eu seguia religiosamente, Os Tudors.
O problema é que eu gostava de ler os livros por ordem e ainda não encontrei o primeiro sobre Catarina.

Jacqueline' disse...

Jojo, espero que o encontres depressa. Tenho a certeza que vais adorar :)