quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Catarina de Aragão - A Princesa Determinada, de Philippa Gregory

Sinopse: Catarina de Aragão nasce Catarina, Infanta da Espanha, de pais que eram reis e cruzados. Aos três anos, foi prometida ao príncipe Artur, filho herdeiro de Henrique VII de Inglaterra, e é educada para ser Princesa de Gales. Sabe que o seu destino é reinar sobre aquela terra distante, húmida e fria. A sua fé é posta à prova quando o futuro sogro a recebe no seu novo país com uma grande afronta; Artur parece ser pouco mais do que uma criança; a comida é estranha e os costumes vulgares. Lentamente, adapta-se à sua primeira corte Tudor, e a vida como mulher de Artur vai-se tornando mais suportável. Inesperadamente, neste casamento arranjado começa a nascer um amor terno e apaixonado. Mas, quando o jovem Artur morre, ela tem que construir o seu próprio futuro: como pode ser agora Rainha da Inglaterra e fundar uma dinastia? Só casando com o irmão mais novo de Artur, o alegre, mas mimado, Henrique. O pai e a avó de Henrique são contra; os poderosos progenitores de Catarina revelam-se de pouca utilidade. No entanto, Catarina é filha de sua mãe e o espírito lutador é indomável. Fará qualquer coisa para alcançar o seu objectivo; mesmo que tal implique contar a maior das mentiras, e mantê-la.

A Minha opinião: Escusado será dizer que as opiniões sobre os livros desta autora são mais do que boas e que eu, uma incondicional fã de história, estaria mais do que curiosa para ler os mesmos. A conselho da Papillon, decidi visitar os Tudors e mal posso esperar por regressar.

A figura central deste livro é Catarina de Aragão, a filha mais nova dos reis Católicos. A sua vida é-nos contada maravilhosamente por Philippa Gregory. Vemos primeiro Catarina como a Infanta de Espanha, de seguida, a sua vida quando chega a Inglaterra, os seus esforços para adaptar-se, o seu casamento, a sua viuvez, a ambição para alcançar o trono ao qual estava destinada e finalmente, quando se torna Catarina de Aragão, Rainha de Inglaterra. Acompanhamos assim o seu crescimento enquanto pessoa e as suas facetas de estrangeira, mulher e finalmente, governante.


Alternando entre um narrador ausente e um presente, temos a oportunidade de ver os acontecimentos tal como se passaram, mas também tudo aquilo que Catarina poderia ter pensado ou sentido quando estes tiveram lugar. Desta forma, tal como foi Catarina, somos surpreendidos por algumas acções de certas personagens, enquanto ficamos desiludidos com outras, pois estamos de tal forma absorvidos no desenrolar dos acontecimentos, que pensamos com ela.
Philippa Gregory consegue assim transportar-nos perfeitamente para o cenário da época.

A meu ver, o livro só peca no final. Após termos seguido toda a vida de Catarina com tanto pormenor, fiquei com pena que não a tenhamos seguido até ao seu fim. No entanto, este é o único defeito que posso apontar.
Mais uma vez, é muito interessante perceber que, ainda que na sombra, grandes mulheres conseguiram muito mais do que lhes seria, à partida, permitido. Catarina de Aragão fez justiça ao seu nome, como filha de uma das mais importantes mulheres do seu tempo, Isabel, a Católica.

Classificação: 8/10 - Muito Bom

2 comentários:

Joana disse...

Também adorei este livro. Já li o seguinte, "Um Rei, duas irmãs". É outro livro excelente, cheio de historia e emoção

Jacqueline' disse...

Joana, estou neste momento a acabar de ler Duas Irmãs, Um Rei. Concordo contigo! Também estou a adorar :)