sábado, 1 de agosto de 2009

Papillon, de Henri Charrière

Sinopse: Papillon é uma das mais espantosas e vivas epopeias que têm surgido no panorama literário mundial durante estes últimos anos. Quarenta e três dias após a sua chegada ao degredo, na Guiana Francesa, Papillon foge. Após contacto com outros povos, é novamente aprisionado e volta ao degredo. No entanto, consegue safar-se no presídio na Venezuela. É um extraordinário documento sobre a vida dos forçados do Inferno Verde e uma extraordinária lição de coragem e virilidade - com o objectivo da fuga. Papillon tenta sempre. (adaptado da capa do livro)


Opinião:
Comecei a ler este livro sem qulquer ideia do que ia acontecer, pois não costumo ler a sinopse dos livros e (por incrível que pareça) ainda não tinha ouvido falar de Henri Charrière. Por estas razões tinha uma ideia deste livro completamente desajustada ao que seria papillon (borboleta)...

Confesso que não costumo ler este género de literatura, seja histórias verídicas (que penso que esta não se ajusta completamente ao género, mais tarde perceberão porquê) ou mesmo acção/aventura , apesar de gostar de o ler.

Depois de ler Amanhecer e Brisingr (ambos com mais de 700 páginas e com um ritmo, a meu ver, extremamente inconstante), estava com certo receio de o pegar, pois apesar de ter à volta de 550 páginas, a letra é muito pequena. No entanto, enganei-me redondamente. Este livro lê-se muito bem, pois tem um ritmo constante que me prendeu, apesar de serem narradas situações completamente diferentes , como histórias de personagens com que Papillon contacta e situações de adrenalina durante as fugas do degredo, por exemplo.

Acho que o livro foi muito bem conseguido, pois a vida de Papillon é extremamente interessante. A sua força para ser livre, a sua coragem, a sua persistência, levavam-no a arranjar as mais variadas maneiras para sair da prisão. Cada vez que preparava uma fuga, agarrava o leitor ainda mais.

Mas o livro não trata só das suas fugas. Trata também de pedaços da vida de muitas pessoas com quem contactou e com quem criou amizades, além de passagens que deixam o leitor a pensar como é bom sermos livres.

Para finalizar, deixo umas frases, que são um sentimento geral em todo o livro:

(na sequência da morte de um amigo)
"Morrer esfaqueado, por uma bagatela, aos quarenta anos! Pobre amigo. Não aguento mais. Não Não. Não. Está bem que os tubarões me digiram, mas vivo, lutando pela minha liberdade. (...) Se for devorado, hão-de apanhar-me vivo, a lutar contra os elementos, tentando alcançar o continente"

"Meu velho Papillon, é bem difícil desanimar-te. Eu sinto inveja dessa fé que tens em ti, de que um dia serás livre. Há já um ano que não paras de fazer tentativas de fuga e não desististe ainda. Mal acabas de fracassar numa, começas a preparar a outra. Estou espantado por não teres tentado desde que aqui estás."

São estas tentativas de fuga que fizeram de Papillon um êxito internacional e um livro extremamente viciante, digno de se ler.




3 comentários:

Viajante disse...

Comprei este livro, quando fui de férias e fiquei sem nada para ler (no ultimo dia xD) e acabei por não ter tempo de ler mais do que as primeiras páginas!!...

Depois, como voltei para casa, já tinha livros que queria ler com mais urgencia e o facto de ser um livro com algum volume e letra pequena, como tu mesma dizes, fez com que o deixasse de lado...

Continuo com curiosidade, e agora com um bocadinho mais de coragem para pegar no livro :)

Boas leituras,
Estrela

WhiteLady3 disse...

Obrigada! Confirmaste a ideia que tinha deste livro. Será um daqueles a ler, sem dúvida!

Jacqueline' disse...

De nada, White_Lady3! Fico à espera da tua opinião :D