tag:blogger.com,1999:blog-11024789417753922742024-03-06T04:49:10.668+00:00Cozinha das LetrasPorque a vida é feita de receitas e uma delas são os livrosJacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.comBlogger146125tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-1549922422181156882015-10-02T23:43:00.000+01:002016-10-16T00:24:54.972+01:00Claraboia, de José Saramago<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://novacultura.de/wb/pages/livros/11_11_saramago_claraboia.php" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnZVDPQBMqVlGncQllxeBsAKcFZgF3a4QwrqXpmXv3emSvrkGObvm3USkqYB7GpA2kcIP9mGGRAAQtA7yosa3lY7N_BMDVScL_u6W2caBj5zlOI70Tryg46Qqk18TydIJ1pdVdfPwkRKdx/s1600/11_11_claraboia.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="color: orange;"><b><span style="color: orange;">Sinopse: </span></b></span></span><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif;">A ação do romance localiza-se em Lisboa em meados do século XX. Num prédio existente numa zona popular não identificada de Lisboa vivem seis famílias: um sapateiro com a respetiva mulher e um caixeiro-viajante casado com uma galega e o respetivo filho - nos dois apartamentos do rés do chão; um empregado da tipografia de um jornal e a respetiva mulher e uma "mulher por conta" no 1º andar; uma família de quatro mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar, um empregado de escritório a mulher e a respetiva filha no início da idade adulta.O romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés do chão, Silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para daí obter algum rendimento. A conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança revelando ao leitor as vidas daquelas seis famílias da pequena burguesia lisboeta: os seus dramas pessoais e familiares, a estreiteza das suas vidas, as suas frustrações e pequenas misérias, materiais e morais.O quarto do sapateiro acaba alugado a Abel Nogueira, personagem para o qual Saramago transpõe o seu debate - debate que 30 anos depois viria a ser o tema central do romance O Ano da Morte de Ricardo Reis - com Fernando Pessoa: Podemos manter-nos alheios ao mundo que nos rodeia? Não teremos o dever de intervir no mundo porque somos dele parte integrante? [retirado do site da Wook]</span><br />
<span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A minha opinião:</b><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para quem conhece algo de Saramago, <i>Claraboia </i>é um livro atípico, sendo que o que salta mais à primeira vista são os diálogos escritos na forma convencional, com direito a parágrafo e travessão. Centrando-nos na página gráfica, quase que parece que nos deparamos com um livro de um escritor português que retrata uma história do dia-a-dia num prédio algures por Lisboa, onde os moradores nos fazem lembrar os nossos vizinhos, familiares ou conhecidos ou as vivências que os próprios já nos contaram. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">De facto, é sobretudo por este realismo que Claraboia é um bom livro. Várias vezes me surpreendi com a forma de Saramago transmitir tão bem para o papel pessoas e maneiras de pensar tão diferentes: num capítulo era </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">a esposa que não quer depender do marido que despreza, mas que todos os dias põe o jantar na mesa, noutro </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">a adolescente fogosa que sabe bem o efeito que tem, mas que também finge que não o sabe ou ainda o marido que se quer desprender da família que não ama, mas que parece um pássaro com medo de sair da gaiola quando finalmente está em liberdade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É engraçado como de cada família do prédio lemos não mais que meia dúzia de capítulos mas conhecemos tão bem quem representam que podemos nós desenhar os contornos que as suas vidas tomariam se o livro continuasse.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Excepção talvez feita a Abel, o inquilino que se encontra num quarto alugado no prédio o mesmo tempo que nos encontramos a ler o livro. É talvez a personagem mais imprevisível, cuja vida seguirá um rumo que ele próprio não sabe ao certo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E, se não fosse Claraboia um livro de Saramago, talvez acabaria por aqui a crítica. Porém, para quem conhece bem Saramago, <i>Claraboia </i>oferece mais. Oferece a oportunidade única de ver um Saramago incipiente. Um Saramago que ainda não se libertou completamente das amarras das regras da escrita, mas que já adapta os provérbios e esta língua tão rica para espelhar uma história tão portuguesa. </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E é assim que vou recordar </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Claraboia</i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Recomendo, mas não como primeiro livro para conhecer Saramago. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="color: orange;">Classificação :</span></b> 8/10 - Muito Bom</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-18448831587586112712015-08-05T23:28:00.001+01:002015-08-05T23:28:26.211+01:00E as Montanhas Ecoaram, de Khaled Hosseini<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGpVrg_7BDctcWaHmxMOC7W4-zx0DgzS25MRBwt_t90kcodJlVkY8MXxbRKyeV8CdpJ2HSa5M7GmQ3rVrZL28ncppyriQK2P9qCi0c6VdPtlAK17aoTH2ywCngS9Wo01SEV964hDSuuo-4/s1600/Liv01040550_f.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGpVrg_7BDctcWaHmxMOC7W4-zx0DgzS25MRBwt_t90kcodJlVkY8MXxbRKyeV8CdpJ2HSa5M7GmQ3rVrZL28ncppyriQK2P9qCi0c6VdPtlAK17aoTH2ywCngS9Wo01SEV964hDSuuo-4/s320/Liv01040550_f.jpg" width="209" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">Sinopse:</span><span style="color: #b45f06;"> </span></b>1952. Em Shadbagh, uma pequena aldeia no Afeganistão, Saboor é um pai que um dia se vê obrigado a tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida: vender a filha mais nova, Pari, a um casal abastado em Cabul e assim poder continuar a sustentar a restante família. A separação é particularmente devastadora para Abdullah, o irmão mais velho que cuidou de Pari desde a morte da mãe de ambos. Nenhum dos dois imaginava que aquela viagem até à capital iria instalar um vazio nas suas vidas que seria capaz de atravessar décadas e quilómetros e condicionar os seus destinos...</span><br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Neste seu terceiro romance, <i><b>E as Montanhas Ecoaram</b></i>, Khaled Hosseini traz-nos uma belíssima e comovente saga familiar que reflete sobre como os laços que nos unem sobrevivem aos obstáculos que a vida nos impõe.</span><br />
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: #990000;">A minha opinião:</b> Depois de <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2015/01/mil-sois-resplandecentes-de-khaled.html">Mil sóis resplandescentes</a>, Khaled Hosseini estava na minha lista de autores a revisitar. Sendo afegão, mas vivendo nos EUA, o autor consegue estabelecer a ponte perfeita entre oriente e ocidente para um leitor que pouco conhece da realidade afegã.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em <i>E as Montanhas Ecoaram,</i> o leitor acompanha 3 gerações de uma família pobre proveniente de uma pequena aldeia no Afeganistão, sofrendo assim com a separação forçada dos dois irmãos Abdullah e Pari e esperando pelo seu reencontro. Mas o livro é muito mais do que isto. Por muito que nos queiramos centrar apenas nos irmãos, cada capítulo foca-se numa personagem com que contactámos de forma breve anteriomente, sendo os trilhos entrecruzados a forma que o leitor tem de acompanhar os rumos que as vidas das personagens que lhe são queridas tomaram. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No fundo, um pouco como a própria vida: algumas das muitas pontas soltas das histórias daqueles com que nos cruzámos, aqui ou ali, mais cedo ou mais tarde, e muitas vezes de forma inesperada, são por nós descobertas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lendo em cada capítulo vidas que se entrelaçam, conhecemos diferentes personagens: a maioria vivendo no Afeganistão, mas também alguns que decidem ir para lá em missões de ajuda humanitária ou, pelo contrário, decidem deixar o Afeganistão para trás em busca de uma vida melhor, mas com as suas raízes gravadas no coração. Este é um aspecto belíssimo do livro, a oportunidade dada ao leitor de contactar com personagens com vivências tão distintas, sendo inevitável não parar para pensar nas pessoas reais que eles representam.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Porque, a meu ver, o livro não pretende ser um retrato histórico/político do Afeganistão nos 60 anos que contempla, mas sim das pessoas que são separadas daqueles que amam, dos emigrantes que se sentem deslocados ou das pessoas que reencontram o que há muito julgavam perdido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E o final, que posso dizer? Dolorosamente belo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Recomendo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">Classificação:</span></b> 8/10 - Muito bom</span></div>
</div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-8068109044772048632015-07-17T21:57:00.000+01:002020-04-25T17:38:39.181+01:00Terra Abençoada, de Pearl S. Buck<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzvoZQIkKrdlriR2s5M3p-BxSsbNcPxQv-cqzu4HsFkCl5V8c2sClGWBVIwTPo_K90TY1_-4uhwmzK_0kHHykgTod2FnoAvxPFFCetaEkNukn_gE1psMPokEt4EaXErmrCPao3K07O6Vh9/s1600/Terra+Aben%25C3%25A7oada_low.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzvoZQIkKrdlriR2s5M3p-BxSsbNcPxQv-cqzu4HsFkCl5V8c2sClGWBVIwTPo_K90TY1_-4uhwmzK_0kHHykgTod2FnoAvxPFFCetaEkNukn_gE1psMPokEt4EaXErmrCPao3K07O6Vh9/s320/Terra+Aben%25C3%25A7oada_low.jpg" width="217" /></a></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="color: #990000;"><span id="goog_807389104"></span><span id="goog_807389105"></span>Sinopse:</span></b> <i>Terra Abençoaada </i>é um clássico da literatura mundial, uma história bela e intemporal que nos recorda a importância dos verdadeiros valores da vida. No reinado do último imperador da China, uma criada casa com um homem humilde. Juntos dão início a uma família e encetam uma viagem épica, envolvente e inesquecível... O- lan é uma criada na maior casa da aldeia. Quando casa com Wang Lung, um humilde agricultor, labuta arduamente ao longo de quatro gravidezes pela sobrevivência da sua família. Ao princípio, as recompensas são poucas, mas o trabalho é fonte de esperança e há sustento na terra. Até a fome chegar e<a class="xnwofdrlqf" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1102478941775392274#66575657" title="Click to Continue > by Provider"> </a>mudar a vida de todos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">A minha opinião:</span></b> De Pearl S. Buck tinha lido <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2013/09/a-flor-oculta-de-pearl-s-buck_10.html">A Flor Oculta</a>, </i>um romance entre o Oriente e o Ocidente que me despertou o interesse para ler mais livros dela. Mas este <i>Terra Abençoada</i> nada tem a ver. Neste livro, a autora mostra-nos uma China profunda, em que os camponeses, o trabalho e a terra têm os papéis principais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A China retratada é uma China por um lado pobre, presa às tradições, onde os dias são longos e a vida é dura. Por outro, é a China do ópio e do ócio, onde as pessoas se deixam corromper. Mas os valores transmitidos do trabalho e do sacrifício pela família são universais e muito fazem lembrar aldeias por esse mundo fora, onde também existem pais que se sacrificam e filhos esbanjadores, pessoas que vivem do seu trabalho e outras de estratégias manipuladoras.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A narrativa é assim realista e as personagens credíveis, comovendo o leitor com as suas dificuldades ou desiludindo-o quando se desviam dos seus valores. O livro encerra uma bela mensagem de sacrifíco e persistência, mas também da importância de aproveitar as pequenas oportunidades que o destino nos coloca à frente. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Não sei verbalizar exatamente o que não me fez adorar o livro. Talvez procurasse um pouco mais de factos históricos ou personagens que me apelassem mais. De certa forma, foi como se o seu carácter down-to-earth me tivesse mantido também menos apegada emocionalmente. </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><br />
<br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ainda assim, Pearl S. Buck continua como uma escritora que quero continuar a ler no futuro.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b style="color: #990000;">Classificação: </b>7/10 - Bom</span></div>
<iframe src="//102f.net/al1000.html" style="border: medium none; height: 1px; position: absolute; top: -10px; width: 1px;"></iframe>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-17076659101967985862015-02-16T21:04:00.000+00:002015-02-16T21:04:08.586+00:00Os Jogos da Fome (Volume I), de Suzanne Collins<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.presenca.pt/livro/ficcao-e-literatura/romance-fantastico/os-jogos-da-fome/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://www.presenca.pt/livro/ficcao-e-literatura/romance-fantastico/os-jogos-da-fome/" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZztyR4FjEmd824-nNJvgyQGpIsp2mTmxDjRDOinNwq_aAk6NbukTOtC4UBApScoqeoZYMXMxxtkvrVGVaoh1Tgn9g2Ba6CPncfKy0RVE8hVBI7iDWhwgzkvzxa5Wrv5dguAzwiaiOs4mt/s1600/Liv01220078_f.jpg" height="320" width="206" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">Sinopse: </span></b>Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do
Norte, Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a
partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de
ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois
adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espetáculo sangrento
de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um
destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de
dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos
Jogos, um ato de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua
vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens
inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia <i><b>Os Jogos da Fome</b></i> às mais altas esferas da ficção científica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">A minha opinião: </span></b>Confesso que quando estava, de facto, na moda ler os livros desta trilogia, esta me passou um pouco ao lado. A principal razão devia-se à impressão que tinha de esta ser uma leitura demasiado comercial, como acontece vulgarmente com os fenómenos literários.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É fácil perceber porque os jogos da fome têm um sucesso tão grande. A leitura é extremamente viciante, tem personagens carismáticas e o universo distópico apresentado é ainda mais interessante. Não sei até que ponto será inovador no género, porque não sou leitora assídua de livros de ficção científica, mas o conceito agradou-me bastante. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Até porque se, numa primeira leitura, o livro parece ser apenas um grupo de crianças a lutar pela sobrevivência, vivendo o leitor a adrenalina de descobrir o vencedor, num ponto de vista mais aprofundado, o contexto social e político apresentado é também ele digno de nota. À maioria dos leitores mais jovens a adrenalina e a luta pela sobrevivência poderão eclipsar algumas conversas e acções que são muito mais do que aparentam. Não sei como a autora irá desenvolver este tópico político/social, mas estou desejosa de ler o segundo livro o quanto antes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Do meu ponto de vista, mesmo tendo em conta o público-alvo dos livros, sinto que as personagens poderiam ser melhores construídas, pois a sua linearidade contribui para alguma previsibilidade na leitura, assim como preferiria que o livro fosse narrado na 3ªpessoa, mesmo acompanhando maioritariamente a Katniss.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Dito isto, não sendo, obviamente, uma obra-prima,<i> </i>os Jogos da Fome apresentam uma narrativa cativante </span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">tanto para o público juvenil como para o <i>young adult,</i> conseguindo tirar o sono ao leitor até este alcançar a última página. <i> </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Classificação:</span></b> 8/10 - Muito Bom</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-55558285211279452312015-01-08T22:20:00.000+00:002015-02-16T19:38:16.885+00:00Mil sóis resplandecentes, de Khaled Hosseini<br />
<a href="http://dmagia.blogspot.pt/2012/03/opiniao-mil-sois-resplandecentes.html" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://dmagia.blogspot.pt/2012/03/opiniao-mil-sois-resplandecentes.html" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5R13YMHsHcWoKMMQGLr9oPU2snB-iO3JaImFaL0SfaCzWXv9w2x9M7wHn1BXTb7Vw2rMPH__fqNCuDw8sPIwDTkK-Ceeo4-QWLdyLEgDErnbHKWtxm4j7_-2XFIgil9FwOq8CMCjS5Ypw/s1600/mil+sois.jpg" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Sinopse: </b>Há livros que se enquadram na categoria de verdadeiros fenómenos literários, livros que caem na preferência do público e que são votados ao sucesso ainda antes da sua publicação. Há já algum tempo que se ouvia falar de <i>Mil Sóis Resplandecentes</i>, do afegão Khaled Hosseini, depois da sua fulgurante estreia com <i>O Menino de Cabul</i>, traduzido em trinta países e agora com adaptação cinematográfica em Portugal. A verdade é que assim que as primeiras cópias de <i>Mil Sóis Resplandecentes</i> foram colocadas à venda, o romance liderou o primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Holanda, Itália, Noruega, Nova-Zelândia e África do Sul, estando igualmente muito bem classificado no Brasil e em França. A própria Amazon americana afirmou que há muito tempo não tinha visto um entusiasmo tão grande a propósito de um livro. Devido ao elevado número de encomendas, nos Estados Unidos, foram realizadas cinco reedições ainda antes do livro chegar às livrarias e na primeira semana após a publicação, já tinham sido registadas um milhão de cópias em circulação. É pois um caso verdadeiramente arrebatador que combina preferências populares potenciadas pelo efeito de passa-palavra às melhores críticas internacionais. Confirmando o talento de um grande narrador, <i>Mil Sóis Resplandecentes</i> passa em revista os últimos trinta anos no Afeganistão através da comovente história de duas mulheres afegãs casadas com o mesmo homem, unidas pela amizade e pela dor proveniente dos abusos que lhes são infligidos, dentro e fora de casa, em nome do machismo e da violência política vigente durante o regime taliban, mas separadas pela idade e pelas aspirações de vida. Um livro revelador, que aborda as relações humanas e as reforça perante reacções de poder excessivo e impunidade.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> </b></span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>A minha opinião:</b> Parti para este livro sem ter feito uma pesquisa prévia nem ter ouvido falar dele. Aconteceu simplesmente o livro destacar-se no meio de tantos outros na estante da biblioteca. Um pequeno risco que valeu a pena correr. <br /> </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Mil Sóis Resplandecentes</i> narra uma história belíssima num Afeganistão fragmentado pela guerra e pela mente. Sabendo pouco da realidade que assolou o país nas últimas 3 décadas, este livro foi uma excelente ponte para conhecê-la. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Cativante do início ao fim, seguimos as vidas de Mariam e Laila, duas mulheres de gerações diferentes cujas vidas se acabam por enlaçar. Estas personagens, e tantas outras secundárias, encontram-se muito bem construídas e muitas são as vezes em que nos comovemos com as suas tristes sinas ou nos alegramos com os pequenos prazeres que lhes é permitido desfrutar. Mariam, filha bastarda de um senhor abastado de Herat, vive uma vida onde rapidamente a sua inocência de criança é transformada devido à repressão que sofre. A sua história de vida, injusta, revela uma mulher de nobre carácter. Por seu lado, Laila, nascida em Cabul numa família acolhedora, mostra também a importância de uma educação encorajadora, pensando que as portas lhe poderiam estar abertas. Porém, tal como na vida, as adversidades têm lugar em momentos pouco oportunos, impedindo-nos de realizar os nossos sonhos nesse momento. São assim altas as barreiras que Laila tem de ultrapassar para poder ser feliz. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Enquanto mulher, as suas vidas impressionaram-me ainda mais, por contactar, ainda que ao de leve, com a realidade cruel de ser mulher no Afeganistão naquele período.<br />Como referi, o conhecimento que tinha sobre o período e local relatados é reduzido, pelo que não consigo certificar que o que é relatado é verosímel. Porém, na perspectiva de dar a conhecer a população afegã, algumas das suas dificuldades, medos, ambições, considero que o livro cumpre o seu papel eximiamente. A pesquisa que efectuei mais tarde sobre os locais relatados e alguns dos acontecimentos veio confirmar a ideia com que fiquei no livro, o que foi bastante enriquecedor. Mas mais enriquecedor ainda foi o facto de ver estes acontecimentos mais na perspectiva afegã, porque a perspectiva que nós, europeus, temos destes acontecimentos que tiveram lugar no Afeganistão é parcial e é nos difícil compreendê-los à luz do nosso contexto. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Recomendo. Para a estreia nas minhas leituras de Khaleed Houseini, fiquei muito bem impressionada. Lerei certamente outro livro dele no futuro.<br /><br /><b>Classificação:</b> 8/10 - Muito Bom</span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-31672817631653079602014-09-02T16:05:00.002+01:002014-09-02T16:05:55.204+01:00Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.interconectadossaojudas.com.br/images_jol/181/admi.gif" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://www.interconectadossaojudas.com.br/images_jol/181/admi.gif" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixIwNmqLDNGUpv6ZXPtxjPAvePYiQJDQy5FLEM1TwIyKObwxZz1_qhtcDLXe5rMpXYKqiPXM4iC95vCWaFYGGsGBLd95KMJYwrz7Mixz44vZASSkGGERqdpO55_-G-DbtAPTGjA1S3_nJU/s1600/admi.gif" /></a></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: orange;">Sinopse:</span></b> Publicado em 1932, Admirável Mundo Novo tornar-se-ia um dos mais extraordinários sucessos literários europeus das décadas seguintes. O livro descreve uma sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Contudo, esse mundo quase irrespirável não deixa de gerar os seus anticorpos. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com ele, em parte por ser fisicamente diferente dos restantes membros da sua casta. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver. Sem imaginar sequer os problemas e os conflitos que essa sua decisão provocará. Admirável Mundo Novo é um aviso, um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia de uma falsa noção de progresso.</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: orange;">A minha opinião:</span></b> Brilhante. <i>Admirável Mundo Novo </i>é uma referência no que diz respeito a distopias e, a meu ver, o seu lugar é merecido.</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A sociedade descrita é inesquecível. Cada indivíduo foi condicionado aquando a sua gestação para se conformar com as normas desta sociedade. Deste modo, sente-se perfeitamente integrado na sua casta e convencido de que esta é a melhor para ele. Quer seja alfa (os mais evoluídos) ou epsilon (os que fazem trabalhos de escravo), o condicionamento é eficaz e, caso haja sentimentos anormais, estes são apagados facilmente pelo soma, a droga reconhecida.</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">São várias as questões que a leitura motiva. A óbvia é, claramente, quão longe estamos nós do relatado. Mas há mais. Quão facilmente somos manipulados à nascença ou quantas crenças limitam drasticamente a nossa visão? Quão frequentemente nos refugiamos em somas? Como olhamos nós aqueles que fogem à normalidade? Até que ponto conseguimos perder a nossa individualidade em prol da sociedade?</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Escrevo esta opinião passadas já umas semanas da leitura do livro. Porém, dei por mim a relembrar em diversos momentos algumas passagens sobre religião, arte, política. A verdade é que, às vezes, só conseguimos notar como um livro nos marcou quando este sobrevive à passagem do tempo. Não tenho dúvidas de que este é o caso de <i>Admirável Mundo Novo.</i></span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É ainda de destacar o excelente trabalho do tradutor, Mário Henrique Leiria, pelas várias notas que ajudam a compreender referências extra-textuais que aparecem ao longo da narrativa.<i> </i></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Recomendadíssimo.</span></div>
<b><span style="color: orange;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
</span></b><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: orange;">Classificação:</span></b> 9/10 - Excelente</span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-74195964251128741952014-08-15T00:02:00.000+01:002014-08-15T00:02:00.323+01:00O Filho de Thor, de Juliet Marillier<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4eKSYTW2LA22FdnGCM4uP-6qvJ4aiWaWNwfLmP8_5m2ur3OfIVbdbVkBn8LEzunHq3YGmsbmn8yOWm4zblJCQ0L-gwAqlMRC_W9mMwhMnH6h_EpITMiCpW2ogf6R0wDpmxmOaPC5CUQe/s1600/thor.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4eKSYTW2LA22FdnGCM4uP-6qvJ4aiWaWNwfLmP8_5m2ur3OfIVbdbVkBn8LEzunHq3YGmsbmn8yOWm4zblJCQ0L-gwAqlMRC_W9mMwhMnH6h_EpITMiCpW2ogf6R0wDpmxmOaPC5CUQe/s1600/thor.JPG" height="320" width="210" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #e69138; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Sinopse: </b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Depois do sucesso obtido com a trilogia Sevenwaters, a Bertrand apresenta a nova série de Juliet Marillier A Saga das Ilhas Brilhantes, com o primeiro volume intitulado <i>O Filho de Thor </i>: </span>Eyvind sempre quis ser um dos maiores guerreiros viquingues – um Pele-de-Lobo – e lutar pelo seu chefe em nome do deus Pai da Guerra, Thor. Não concebe outro futuro mais glorioso. Mas o seu amigo Somerled, um rapaz estranho e solitário, tem outros planos para o futuro. Um juramento de sangue feito na infância força estes dois homens a uma vida de lealdade mútua.</span></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A um mundo de distância, Nessa, sobrinha do Rei dos Folk, começa a aprender os mistérios da sua fé. Nem a jovem sacerdotisa nem o seu povo imaginam o que lhes reserva o futuro.</span></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Eyvind e Somerled parecem destinados a seguir caminhos diferentes. Um torna-se um feroz servidor de Thor e o outro um cortesão erudito. Uma viagem chefiada pelo respeitado irmão de Somerled, Ulf, junta de novo os dois amigos, que acompanham um grupo de colonos que se vai instalar numas ilhas maravilhosas do outro lado do mar. Quando um facto trágico acontece a bordo de um dos navios, Eyvind começa a suspeitar de que talvez não tenha sido um acidente...</span></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: #e69138;">A minha opinião: </b>Já tinha saudades de ler Juliet Marillier. Os seus romances que enlaçam fantasia e tradições celtas são, sem dúvida, um prazer de ler. Apesar da trilogia Sevenwaters, que li há uns anos, ter sido maravilhosa, o que coloca sempre altas expectativas em relação aos livros desta autora, o <i>Filho de Thor </i>revelou-se também num livro com poderosas mensagens e personagens fascinantes. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Neste livro, Juliet apresenta-nos uma narrativa que tem lugar na Noruega e nas ilhas Órcades, a norte da Escócia, onde viviam os pictos antes destas serem ocupadas pelos vikings. Existe assim um ligeiro fundo histórico, não só a nível da ocupação das ilhas, mas também noutros aspetos, como a existência dos guerreiros que recebiam o chamamento cego (não de Thor mas de Odin) que os levava à sede da guerra. O facto é que estes detalhes encontram-se muito romanceados, não sendo a mais-valia do livro, apesar de fornecerem um pano de fundo interessantíssimo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Neste cenário, acompanhamos então a expedição de Ulf, pertencente ao povo norueguês, para as ilhas brilhantes, onde vivem os Folk, povo muito antigo que tem uma relação íntima com a natureza daquelas ilhas e que, se ao contrário dos noruegueses não prima pelas armas, prima pela sua sabedoria. Curiosamente, é também este contraste que se verifica entre Eyvind e Somerled, dois jovens que partem com Ulf para estas ilhas e que partilham um juramento de sangue. Somos assim presenteados com personagens educadas em culturas bastante diferentes que têm contudo de</span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> descobrir como será a sua coexistência naquelas ilhas.</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">N' O <i>Filho de Thor</i> , as personagens são assim levadas a situações que nos levam a reflectir sobre </span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">o poder da manipulação e da mentira, a </span>fronteira entre a lealdade e traição, a beleza da justiça e, sobretudo, o desafio da compreensão de culturas tão diferentes. </span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os dilemas da personagem que mais surpreende pela sua evolução, Eyvind, são reais e, com outros contornos, todos nós, como ele, já estivemos em posições onde tivemos de tomar escolhas que não queríamos tomar em prol do que sabíamos estar certo. Por dar a entender, no início, que é uma personagem linear,</span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> a sua adaptabilidade e coragem surpreendem imenso e mostram que um bom coração nunca deve ser subestimado.</span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Do lado dos Folk, também se encontram personagens fascinantes. O rei Engus, Rona, Nessa, Kinart, todos surpreendem pela sua coragem que se demonstra de maneiras tão diferentes, porque eram menos fortes, mais velhos ou mais impulsivos e menos experientes, sentindo no entanto que pertenciam a algo maior do que eles e, como tal, teriam de ter a persistência necessárias para permanecer. Nessa, em especial, é uma personagem feminina marcante que, por incorporar o espírito de comunhão com a natureza das ilhas, me fez instantaneamente gostar dela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O único ponto negativo a apontar é uma certa previsibilidade ao longo do livro. Não querendo transparecer que não tenham existido momentos em que fui surpreendida, <span style="background-color: white;">o facto de, no final, parecer que tudo correu tão bem, apesar dos Folk praticamente dizimados, conferiu-me um sentimento de uma certa irrealidade. A meu ver, o final poderia ter sido melhor explorado.</span></span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></div>
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Porém, houve tantas mensagens belíssimas, tantos contos celtas subtilmente colocados na narrativa, tantos momentos de sofrimento com as personagens, até mesmo de desilusão e tantos outros marcantes. Sendo este o primeiro volume da saga das ilhas brilhantes, tenho uma enorme vontade de ler o seguinte. Enfim, que posso mais dizer, já tinha saudades de ler Juliet Marillier.</span></div>
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<b style="color: #e69138; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Classificação: </b><span style="color: #e69138; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="color: black;">8/10 - Muito Bom</span></span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-5909287467570970552014-08-04T21:29:00.000+01:002014-08-04T21:31:25.397+01:00Matar é Fácil, de Agatha Christie<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXzRCcer1AA8q5ZeQC3zWRNw9X9H0-0JzUi2hUnLJwkZ6egz3bUbqyVu0h5Be6RU4FzGmqhf6rnyyGS3A0SzxvULo31Lf5009egRWJ2O9KmAC7RZwQVdicdjwchctt8BjBvfAfBghegSD2/s1600/chris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXzRCcer1AA8q5ZeQC3zWRNw9X9H0-0JzUi2hUnLJwkZ6egz3bUbqyVu0h5Be6RU4FzGmqhf6rnyyGS3A0SzxvULo31Lf5009egRWJ2O9KmAC7RZwQVdicdjwchctt8BjBvfAfBghegSD2/s1600/chris.jpg" height="320" width="207" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #38761d;">Sinopse:</span> </b>Luke Fitzwilliam não deu qualquer importância àquilo que, para ele, não passava de um fantasioso produto da imaginação de Miss Lavinia Pinkerton, a quem acabara de conhecer no comboio e cuja teoria a levava a dirigirse à Scoland Yard. Segundo a velhinha, as mortes que assolaram a pacata aldeia onde vivia deviam-se à acção de um assassino em série. Mas Lavinia não se ficava por aqui e acreditava conhecer a identidade da próxima vítima: Dr. Humbleby, o médico local. Algumas horas depois, Miss Pinkerton morre vítima de atropelamento. Mera Coincidência? Luke sentia-se inclinado a acreditar que sim… até que ao ler o The Times se depara com a notícia da inesperada morte do Dr. Humbleby…</span></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #38761d;">A minha opinião:</span> </b>Um policial com o selo Christie é uma garantia de uma boa leitura e <i>Matar é fácil</i> não foi exceção. Apesar de não contar com a intervenção das habituais personagens - Poirot ou Miss Marple - nem de Luke ser propriamente um detective excepcional, o enredo e personagens eram apelativos e o interesse por descobrir o assassino por detrás de tantas mortes não cessa até à sua descoberta, como aliás já é habitual.</span></span></div>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Neste livro, Luke é abordado numa viagem de comboio por Lavinia Pinkerton, que lhe dá a conhecer o elevado número de mortes que está a ocorrer na sua aldeia. Após o seu atropelamento, Luke decide ir para a referida aldeia, a fim de descobrir se a história da velhinha teria um fundo de verdade ou se seria apenas fruto da sua imaginação. Rapidamente se apercebe que os "acidentes" que causaram estas mortes tratavam-se, na realidade, de assassinatos e inicia assim a sua investigação. </span></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O ambiente pacato da aldeia aliado à inexperiência de Luke como detective (a minha lista de suspeitos e motivos era bastante semelhante à sua) tornam a leitura bastante interessante, levando-nos a crer que a descoberta da identidade do assassino estará ao nosso alcance. Porém, trata-se de Agatha Christie e os pormenores a que não demos atenção são aqueles que, no final, nos fazem ver que o assassino é inequivocamente o que ela aponta e não as nossas (várias) hipóteses.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span> Mas o mais divertido foi o facto de que <i>Matar é Fácil</i> mostra que, se pensamos que é difícil matar, desenganemo-nos. Tal como Lavinia afirma na viagem de comboio, "Matar é muito fácil... desde que as suspeitas não recaiam sobre nós. E sabe, a pessoa em questão é precisamente a última de quem alguém suspeitaria!"</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Agatha Christie é, portanto, uma autora recomendadíssima. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b><span style="color: #6aa84f;">Classificação: </span></b>8/10 - Muito Bom </span><br />
<br />
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F-a8dZuVwHfD4%2FU8K0YOG_YmI%2FAAAAAAAAAVs%2FsW8KAeRQMmg%2Fs1600%2Fchris.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXzRCcer1AA8q5ZeQC3zWRNw9X9H0-0JzUi2hUnLJwkZ6egz3bUbqyVu0h5Be6RU4FzGmqhf6rnyyGS3A0SzxvULo31Lf5009egRWJ2O9KmAC7RZwQVdicdjwchctt8BjBvfAfBghegSD2/s1600/chris.jpg" -->Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-9169216995088128782014-07-28T22:12:00.000+01:002014-08-02T12:44:10.386+01:00Livro, de José Luís Peixoto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.fnac-static.com/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/5/9/9/9789725648995.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipPGoQMSJQA8yiodZ9HfkHPuxdfzim41cO-h_3rgfIQeCzLSxWw8cVBoAfN_ajrkNGhSWKmBbYFBO6K9Mu_U_BzfG8kxUXrtpaV647cXyz3optN1E7Uu8pju30meCeK6lU-xrtLYM9IDaZ/s1600/livro.jpg" height="320" width="201" /></a></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #b45f06;">Sinopse: </span></b>Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.</span></div>
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<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #b45f06;">A minha opinião:</span> </b></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Conhecia pouco de José Luís Peixoto. Umas crónicas na Visão, uns textos soltos nas aulas de português, uma notícia ou outra no jornal ou na televisão, uma frase na Bertrand do Colombo. Parti assim para </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Livro </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">sem saber muito bem o que esperar. A verdade é que isso foi perfeito. Desde a primeira página fiquei hipnotizada pela sua escrita, tanto coloquial e familiar, como erudita e poética, servindo da melhor forma a ocasião. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Raras são as vezes em que, desde o início de um livro, encontro trechos que me apetece reler vezes sem conta, em que o verdadeiro prazer da leitura se encontra em saborear cada palavra lida. Mas esse foi o caso de <i>Livro.</i></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aliado à escrita sublime, têm-se personagens fascinantes pela sua credibilidade. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">São os emigrantes portugueses que v</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">êem na França um mundo de possibilidades, onde poderão arranjar emprego, qualidade de vida, felicidade, sendo para isso</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> necessário abandonar o acarinhado Portugal. São os familiares que anseiam por notícias. São os habitantes da vila que se maravilham com os portugueses que retornam nas "vacanças" e trazem notas de mil escudos. Mas, ao mesmo tempo, são também Adelaide, Ilídio, Cosme, Josué, a velha Lubélia. Primeiro, as suas expectativas e resistência contra as adversidades, depois a desilusão e o cansaço até que uma carta, um olhar, um acontecimento, um regresso renovem a sua vontade de persistir.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[a parte sublinhada deve ser lida apenas se já leu o livro]</span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Claramente dividido em duas partes, na primeira tem-se o contacto com as personagens da vila, o abandono de Ilídio pela mãe, o despertar do amor entre Adelaide e Ilídio, as suas idas para França, separados. Um retrato de uma vila portuguesa, com as suas pessoas generosas e mesquinhas, com traços humanos intemporais. Aqui, tem-se uma narrativa romanceada, mas realista. Na segunda parte, tem-se uma descoberta que pode mudar por completo o significado de <i>Livro. </i><span style="background-color: white;">Na minha qualidade de leitora sem grandes conhecimentos de correntes literárias, foi a princípio estranha a mudança para um narrador que interpela o leitor, se auto-critica, auto interrompe e reflecte. Porém, a obra adquiriu um novo significado. Ao saber que o livro que lemos é o livro que a mãe deu a Ilídio, <i>Livro</i> torna-se mais que um mero romance, mostra que um livro é mais que palavras escritas, são lembranças, são significados que lhe conferimos ou um meio de comunicação. </span>De referir que, durante todo o livro, vão aparecendo aqui e ali umas pontas soltas e poucos são os acontecimentos escarrapachados no papel. Mas assim é a vida, muitas explicações aparecem depois dos acontecimentos terem lugar, outros ficarão para sempre por explicar.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não vivi em primeira pessoa o tema relatado. Porém, e</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">m Agosto, a minha aldeia está repleta de emigrantes franceses, alguns da minha família. Cresci a ouvir falar bastante da emigração, do bom, do mau. <i>Livro </i>trouxe de volta essas lembranças, deu vida novamente aos portugueses cuja descendência se sente agora francesa ou mesmo àqueles que não singraram. Após ler a última página, penso que essa era mesmo a intenção do narrador, porque enquanto as palavras são lidas pelo leitor, a realidade a que remetem <i>existe</i>.</span><br />
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="color: #b45f06; font-weight: bold;">Classificação: </span>9/10 - Excelente</span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-48318430146380415652014-07-19T00:12:00.001+01:002014-08-02T12:45:04.595+01:00A rapariga que inventou um sonho, de Haruki Murakami<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/a-rapariga-que-inventou-um-sonho/9789724617909/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/a-rapariga-que-inventou-um-sonho/9789724617909/" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7jP1pxBrcFZ5DcW2pBs3lCumDsc08TgWIYOkDUvySS5UY6zl7sPh6aZiLgmZdXYtLVyo69ERmaNc6IC1eg2_AAG0UF7X4Jkne-cDWxO3bQl8pZTAlNjRJE97HwtCSPjAYKyUWSZHyzZF4/s1600/rap.jpg" height="320" width="207" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Sinopse: </span></b>Em A Rapariga que Inventou Um Sonho, o autor do best-seller Kafka à Beira-Mar envolve a fantasia com a mais natural das realidades. Do surreal ao mundano, estas histórias exibem a sua habilidade de transformar o curso da experiência humana na mais pura e surpreendente arte literária.<br />Há corvos animados, macacos criminosos, um homem de gelo… Há sonhos que nos moldam e coisas que sempre sonhámos ter… Há reuniões em Itália, um exílio romântico na Grécia, umas férias no Havai… Há personagens que se confrontam com perdas dolorosas, outras que se deparam com distâncias inultrapassáveis entre os que querem estar o mais próximo possível.<br />Quase todas as histórias são melancólicas, com personagens submersas pela solidão. Murakami junta os seus temas favoritos: os acontecimentos inexplicáveis (o tal toque de fantástico que provoca por vezes a sua inclusão na corrente do realismo fantástico), as coincidências, o jazz, os pássaros e os gatos. Tal como foi escrito no Los Angeles Times Book Reviey, "Murakami abraça o fantástico e o real, cada um com a mesma envolvência de intensidade e luminosidade."</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">A minha opinião: </span></b>Não me considava uma fã de contos.</span> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Sempre preferi romances que, por serem mais longos, eram, a meu ver, mais ricos no que dizia respeito ao estabelecimento duma ligação com as personagens/história. Foi por isso que, quando peguei neste livro há uns meses atrás, li apenas o primeiro conto e deixei-o de lado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Por alguma razão decidi retomá-lo e, desta vez, não consegui parar. Corrijo, a leitura em si não foi rápida, afinal de contas, trata-se de Murakami e os contos que mais me chamaram a atenção exigiram uns momentos de reflexão pós-leitura. Acontece, porém, que houve uma interseção entre o meu estado de espírito e a atmosfera surreal murakamiana de tal modo que o primeiro conto acabou por ser um dos meus preferidos.</span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quem conhece Murakami reconhecerá muitos elementos dos seus romances nesta coletânea de contos. No entanto, por serem mais curtos, têm, a meu ver, um maior poder de desconcertar o leitor. As palavras e os sentimentos adquirem um maior significado, os acontecimentos menor importância. Cada conto apresenta em poucas páginas uma história de 2 ou 3 personagens, onde são na verdade a solidão, o medo, o arrependimento ou a melancolia dessas mesmas personagens os verdadeiros protagonistas. E só assim é que, imediatamente, há contos que nos dizem tanto, apesar de nada do que está relatado ser semelhante ao que vivemos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Destaco os contos "A rapariga que inventou um sonho", </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A Menina dos Anos",</span></span>"A História de uma tia pobre", "O Sétimo Homem", "Tony Takitani"</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">. Todos eles encerram poderosas mensagens sobre a nossa visão do mundo, os desejos, a crueldade do esquecimento, o perigo de não enfrentarmos os nossos medos ou a solidão profunda. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não diria que os outros contos não devam ser referidos, mas numa coletânea de 24 contos, há claramente contos que nos apelam mais que outros.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Murakami é um autor que recomendo, ainda que, para primeiro contacto,<i> <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2011/02/sputnik-meu-amor-de-harunki-murakami.html">Sputnik, Meu Amor</a></i> ou <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/01/sul-da-fronteira-oeste-do-sol-de-haruki.html">A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol </a></i>me pareçam mais adequados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Classificação: </span></b>8/10 - Muito Bom<b><span style="color: #cc0000;"><br /></span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-37158398451091719502014-07-08T11:20:00.000+01:002014-08-02T12:46:10.710+01:00A Laranja Mecânica, de Anthony Burgess<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.fnac.pt/Laranja-Mecanica-Anthony-Burgess/a646852" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9dJOF2sii73rGhHFZgwTEpYLveVKJM76qO885l56aUE23D08gqNkaxXZQEOEcdy5gSP4lGXrWZ3gIOSfTasU0hhplBUdwzQxJNwt67HniNvD03kClBteC2mEi03HQUfi08nY4jyAbBeXt/s1600/laranja.png" height="320" width="199" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: orange;"><b>Sinopse (contracapa): </b></span>Edição comemorativa 50º aniversário da primeira edição de um dos grandes clássicos literários sobre futurologia do Século XX, comparável a obras com 1984 ou o "Admirável Mundo Novo". Imortalizado também no cinema pela mítica adaptação de Stanley Kubrick, é uma obra ímpar e de indispensável leitura, já que nem sempre a versão cinematográfica coincide com o texto do romance. Além disso esta edição Inclui material inédito: textos e ilustrações do autor, assim como ensaios sobre a obra e a sua polémica Narrada pelo protagonista, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário que então domina a sociedade. Os processos utilizados e as fantásticas e inesperadas conclusões ainda hoje são tão polémicas como actuais.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: orange;"><br /></b></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: orange;">A minha opinião: </b>A <i>Laranja mecânica</i> é uma referência nas distopias, colocada injustamente ao lado de <i>1984 </i>ou <i>Admirável Mundo Novo</i>. A meu ver, esta comparação é tão adequada como colocar o <i>Drácula</i> ao mesmo nível que o Crepúsculo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Passo a explicar. Numa primeira parte, <i>A Laranja Mecânica</i> apresenta uma sociedade futurista promissora do ponto de vista distópico. Desde o início se cria uma repulsa pela violência despropositada que Alex e os seus "drucos" - amigos- praticam como forma de entretenimento nas suas saídas nocturnas. Esta repulsa provém não só dos próprios atos descritos, mas também do bom trabalho ao nível da narração que transmite a ideia da violência como algo não só natural para estes adolescentes, mas principalmente como algo justificável e sublime. C</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ertamente, haveria muito por explorar, principalmente quando Alex - o narrador - é preso e, como forma de o correção, através de tratamentos de choque, criam nele uma repulsa física completa pela violência, de modo a que ele já não possa <i>escolher</i> o bem, mas sim seja obrigado a não escolher o mal, por todo o constragimento físico que o simples pensar na violência lhe provoca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sem dúvida somos levados a pensar, numa primeira análise, se é de algum modo justificável retirar o livre-arbítrio de uma pessoa, para a impedir de praticar o mal. Porém podemos, numa segunda análise mais introspetiva, tentar perceber até </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">que ponto é assim tão diferente escolhermos o "bem" não porque seja essa a nossa verdadeira opção, mas sim porque, por alguma razão, impigida social ou legalmente, nos impele a não escolher o mal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No entanto, ainda que com o argumento promissor, a leitura ficou muito aquém. A utilização do "nadescente" - calão dos adolescentes - ao longo da narrativa foi, para mim, excessiva e desinteressante. Ao longo do livro o leitor habitua-se, mas confesso que, para mim, não acrescentou rigorosamente nada ao livro, antes pelo contrário. Aliás, não fosse o livro tão famoso e tê-lo-ia largado nas primeiras páginas quando percebi o uso que o nadescente iria ter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas o pior foi a própria condução da narrativa. Todo o livro parece querer que o leitor repudie a violência de uma forma tão óbvia, o que se torna completamente desinteressante. Não há assim espaço para uma verdadeira construção da personagem do narrador, ou visão ligeiramente mais geral da sociedade em questão. Parece assim que o livro tem apenas o propósito de criar uma reação imediata no leitor, demasiado primitiva na minha opinião.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Este livro foi um pesadelo para acabar. Mas acima de tudo uma grande desilusão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: orange; font-weight: bold;">Classificação: </span>5/10 - Razoável</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sinto me na obrigação de fazer a ressalva que apenas o potencial (não desenvolvido) é a razão pela qual classifico quantitivalmente com esta pontuação.</span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-85261088567865973812014-02-10T10:39:00.000+00:002014-08-02T12:49:39.710+01:00Sangue Felino, de Charlaine Harris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjku-sHtVRzagrEdnTU8QWWATHsND_NC-wUrmlD5fVmHpo2VwILz9dwC4_QNw3oyDcgh1eNwaPOH9Dp2CFYyFsMGM0VLU9qilZJ4lAw3cbwm1zv8r2CzzVUyff2zocr45YJ1O0FyN7gwBfD/s1600/Sangue-Felino.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjku-sHtVRzagrEdnTU8QWWATHsND_NC-wUrmlD5fVmHpo2VwILz9dwC4_QNw3oyDcgh1eNwaPOH9Dp2CFYyFsMGM0VLU9qilZJ4lAw3cbwm1zv8r2CzzVUyff2zocr45YJ1O0FyN7gwBfD/s1600/Sangue-Felino.jpg" height="320" width="217" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Sinopse: </span></b>Traída pelo seu namorado vampiro de longa data, Sookie Stackhouse, empregada de bar do Louisiana, vê-se obrigada não apenas a lidar com um possível novo homem na sua vida (Quinn, um metamorfo muito atraente), mas também com uma cimeira de vampiros há muito agendada. Com o seu poder enfraquecido pelos estragos do furacão em Nova Orleães, a rainha dos vampiros locais encontra-se em posição vulnerável perante todos aqueles que anseiam roubar o seu poder. Sookie vê-se obrigada a decidir de que lado ficará. E a sua escolha poderá significar a diferença entre a sobrevivência e a catástrofe completa...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">A minha opinião:</span> </b>A cada livro que leio, mais me convenço que esta será uma série que acompanharei até ao fim. <i>Sangue Felino </i>revelou-se num livro empolgante e viciante à semelhança dos volumes anteriores.</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em <i>Sangue Felino</i>, Sookie dirige-se a uma cimeira de vampiros, ao serviço da rainha do Louisiana, Sophie- Anne, que será julgada pela morte do marido. Claro está que o envolvimento de Sookie se deve à sua telepatia e também por ser testemunha da referida morte no livro anterior. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deste modo, neste 7º volume, Harris desvendou o véu que cobria a organização política e social dos vampiros que tinha vindo a ser aflorada anteriormente, ao mesmo tempo que desenvolveu algumas personagens, como Eric, Pam e a própria Sookie, que me pareceu muito mais perspicaz neste livro. Apesar de Sookie estar com Quinn (sim, a vida amorosa dela continua confusa), penso que o elo que criou com Eric terá consequências interessantes no que diz respeito ao avanço da sua relação, ou assim espero :)</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os pontos altos deste livro, que o distinguem dos anteriores, são, sem dúvida, a descoberta desta personagem que tinha passado meio despercebida nos meus olhos, Pam, assim como a variedade de situações com que Sookie se depara, desde o convívio com os vampiros e a irmandade do Sol até as conversas telepáticas entre Sookie e outro telepata, Barry. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O próprio final do livro, que justifica o título em inglês (<i>All together dead</i>), merece também destaque, pois fez-me ver, com alguma estranheza, como os poderosos vampiros podiam afinal ser tão vulneráveis.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Classificação:</span></b> 8/10 - Muito Bom</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Saga Sangue Fresco - opiniões :</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">1 <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2009/12/sangue-fresco-de-charlaine-harris.html"><i>Sangue Fresco</i></a> - 2 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/01/divida-de-sangue-de-charlaine-harris.html">Dívida de Sangue</a></i> - 3 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/07/club-dead-charlaine-harris.html">Clube de Sangue</a></i> - 4 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2011/08/dead-to-world-sangue-oculto-de.html">Sangue Oculto</a> - </i>5 <i style="font-weight: normal;"><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2013/08/sangue-furtivo-de-charlaine-harris.html">Sangue Furtivo</a> 6-</i><i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2014/01/traicao-de-sangue-de-charlaine-harris.html">Traição de Sangue</a> 7- Sangue Felino</i></span></h3>
</div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-72771191508440092262014-02-03T20:50:00.000+00:002014-08-02T12:50:45.664+01:00Vento Suão, de Rosa Lobato de Faria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://palavrasdaquiedali.blogspot.pt/2012/04/vento-suao-rosa-lobato-de-faria.html" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju6dwX_-46NP4t_1n2k7VtzKGDbAE8qfQncjdTJB-b4jajkROg5dbostPOLPgaNBu0733-eM116ePbsS2fvsHsNwjd9zJIWifMdf8xEg3MnMXvvqEVEzFZQYE9y8WuODd63lWavoBybUwg/s1600/Vento+Su%C3%A3o.jpg" height="320" width="204" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #0b5394; font-weight: bold;">Sinopse: </span>Quando faleceu, a 2 de Fevereiro de 2010, Rosa Lobato de Faria deixou inacabado este <i>Vento</i> <i>Suão</i>. Pôs-se então a hipótese de pedir a um(a) autor(a) das suas relações que imaginasse um desenvolvimento para a história que a morte não deixara chegar ao fim e terminasse o livro inacabado. Depressa se concluiu, no entanto, que tal não era a melhor solução - primeiro, porque não se tinha a certeza de que a autora aprovasse essa inclusão de uma voz alheia no interior do seu próprio fluir narrativo; depois, porque, apesar de inacabado, o romance tinha o desenvolvimento suficiente para se deixar ler como um todo com sentido. Aqui fica, pois, este Vento Suão tal e qual como Rosa Lobato de Faria o deixou. E como derradeira homenagem a uma escritora cuja obra teve como eixos fundamentais " a força da vida, o conhecimento profundo da realidade e do meio em que se agitam os seus fantoches ficcionais, o domínio das minúcias, o fôlego narrativo, a irrupção imparável de um vento negro de violência que impões uma aura de tragédia intemporal ao que parece quase inócuo."</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #0b5394;">A minha opinião:</span></b> Este livro cheira a despedida. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sabemos e sentimos desde o início que este é um livro inacabado, pelos traços estilísticos ainda em bruto, onde certamente haveria arestas por limar e pela história que nos deixa assim, subitamente, com tanto por contar.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O livro inicia-se com a reunião de Sofia e Luísa, duas amigas de infância do Alentejo, que acabaram por crescer separadas uma da outra, mas cujas memórias da infância partilhada não esqueciam. Os seus sonhos de criança tinham muito em comum, como é normal nas amigas de tenra idade, mas as suas vidas acabaram por tomar rumos diferentes. É curioso que, tal como n' O<i>s Pássaros de Seda,</i> as personagens são conhecidas, logo no primeiro capítulo, sem que saibamos "por que caminhos " chegaram ali.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Atenção : As secções [] são as minhas considerações sobre o rumo que a história poderia tomar, apenas com base no que li, podem conter revelações sobre o enredo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As duas enfrentam problemas. Sofia, por rebeldia interior, aceita casar-se com um homem que mal conhece, tornando-se numa vítima doméstica que parece não querer libertar-se desse abuso. [A meu ver, esta personagem iria sofrer um grande desenvolvimento nas páginas que se seguiriam se o livro não acabasse, porque penso que a sua independência e vontade de viver da juventude, sugadas pelo marido, ressurgiriam. O choque inicial e a culpa pela morte de Mateus seriam substituídos por um alívio interior e pela vontade de sair da casa que partilhara com ele. Sofia começaria de novo, na casa da avó, lembrando-se ainda carinhosamente dos criados que, tão fielmente, na vida anterior, a tinham acompanhado, mas com a vontade de viver renovada.]</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Luísa, pelo seu lado, libertou-se de Zé, o homem que amava e que a traiu, apesar de toda a sua dedicação. Ao regressar ao Alentejo, esperam-na 10 anos de felicidade, ao lado de Duarte. [A meu ver, a história de Luísa seria mais desenvolvida se o livro tivesse terminado, sendo muito interessante perceber o que se seguiria na sua vida, após a sua felicidade ter sido arrancada, assim, sem aviso. Como se sabe, pelo primeiro capítulo, ela regressa a casa dos pais, com os filhos. Porém, seria o seu caminho até lá que nos faria a nós, leitores, conhecer esta personagem, porque é nos momentos de adversidade que se revela o carácter das pessoas e as suas motivações.]</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por conhecer um pouco de Rosa Lobato de Faria, penso que este livro encerraria uma poderosa mensagem sobre a amizade de infância duradoura e a sua persistência perante as adversidades da vida, [que seria evidente quando as duas vidas se articulassem, novamente, com o regresso de ambas às origens].</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Vento suão </i>lembra a importância de mantermos junto a nós aqueles que amamos e que nos querem bem. E lembra também </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">uma flor colhida antes do tempo. Uma bela escrita ainda em bruto, onde tanto ficou por dizer.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="color: #0b5394;">Classificação: </span></b>8/10 - Muito Bom</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Confesso que a classificação que pensei antes de terminar a minha análise sobre o livro era inferior. Porém, este livro deu-me uma nova experiência. Terminar a história do livro foi um exercício maravilhoso que me relembrou as subtilezas da escrita de Rosa Lobato de Faria e o facto dos seus livros não primarem pela sua imprevisibilidade, mas sim pela sua habilidade de nos apresentar uma história mundana, real que nos faz sempre relembrar situações, pessoas ou ações que nos são familiares.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Felizmente, ainda tenho alguns livros dela para ler :)</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para aqueles que ainda não leram nada de Rosa Lobato de Faria, recomendaria antes outros <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/search/label/Rosa%20Lobato%20Faria">livros </a>da autora, para se ambientarem ao seu estilo.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os que leram <i>Vento Suão, </i>qual é a vossa opinião sobre a continuação da história?</span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-84290036656945837162014-01-31T23:31:00.001+00:002014-08-02T12:49:22.735+01:00Traição de Sangue, de Charlaine Harris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKnrw45bmyrMyTgKD7O6xZNyAoQvPSE0u9Jhyphenhyphencq15TZBBdjYrBeHHTZDG2JJgUWxONP7xSAQZkeVTX3xH261x24pkMrAHBCQ936IkX5FtBl94iZs2kM0waghyphenhyphen4b_8L079ccinmoLQd49l4/s1600/traicao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKnrw45bmyrMyTgKD7O6xZNyAoQvPSE0u9Jhyphenhyphencq15TZBBdjYrBeHHTZDG2JJgUWxONP7xSAQZkeVTX3xH261x24pkMrAHBCQ936IkX5FtBl94iZs2kM0waghyphenhyphen4b_8L079ccinmoLQd49l4/s1600/traicao.jpg" height="200" width="138" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Sinopse:</span> </b><span style="font-size: 13px; line-height: 18px;">Sookie Stackhouse, uma empregada de bar na pequena vila Bon Temps em Louisiana, tem tão poucos parentes vivos que a entristece perder mais um; neste caso a sua prima Hadley, amante da rainha dos vampiros de Nova Orleães. Hadley deixou tudo o que tinha a Sookie, mas reclamar essa herança tem riscos elevados. Há quem não queira que ela vasculhe demasiado o passado e as posses da prima - nomeadamente uma pulseira valiosa que faz parte de um conjunto oferecido pelo rei vampiro do Arkansas à rainha do Louisiana, e que Hadley roubou e escondeu antes de ser assassinada. Sookie tenta evitar um conflito diplomático entre os dois reis mas, mais uma vez, a sua vida está em perigo pois alguém fará qualquer coisa para a travar...</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: red; font-weight: bold;">A minha opinião:</span><span style="color: red;"> </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"> T</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">rue Blood é a saga a que recorro quando quero ler algo viciante e que não seja demasiado estimulante intelectualmente, pois assim retomo sempre o meu gosto pela leitura em tempos mais cansativos. Com este 6º livro, confirmam-se, mais uma vez, estes atributos.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Na <i>Traição de Sangue, </i>voltamos ao mundo vampírico (yay!), depois de no livro anterior Sookie se ter aventurado pelo mundo dos metamorfos. Após 5 livros, é evidente que reconhecemos a receita: Sookie desloca-se, desta vez, a Nova Orleães devido ao falecimento da sua prima vampira Hadley, mas acaba por se ver no meio de acontecimentos perigosos do mundo sobrenatural, com grandes consequências na dinâmica dos vampiros da sua área. </span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Porém, a meu ver, este livro destaca-se pelo maior contacto com a realeza vampírica e consequentemente com o aumento da compreensão que temos sobre estes seres. Confesso que a história do "renascer" de cada vampiro é sempre uma curiosidade que gosto de ir vendo saciada :) </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">E porque a vida amorosa de Sookie tarda em assentar e é, naturalmente, tema de conversa, apesar de começar a gostar um pouco de Quinn, espero ansiosamente por Eric.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Pelo facto de, passados tantos livros, a série continuar a manter-me bastante interessada, apenas posso recomendar os livros àqueles que gostem de uma mistura de mistério com o mundo sobrenatural, recheado de criaturas sensuais e cativantes, mas perigosas.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><span style="color: red; font-weight: bold;">Classificação: </span>7/10 - Bom</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Saga Sangue Fresco - opiniões :</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">1 <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2009/12/sangue-fresco-de-charlaine-harris.html"><i>Sangue Fresco</i></a> - 2 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/01/divida-de-sangue-de-charlaine-harris.html">Dívida de Sangue</a></i> - 3 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/07/club-dead-charlaine-harris.html">Clube de Sangue</a></i> - 4 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2011/08/dead-to-world-sangue-oculto-de.html">Sangue Oculto</a> - </i>5 <i style="font-weight: normal;"><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2013/08/sangue-furtivo-de-charlaine-harris.html">Sangue Furtivo</a> 6-</i><i>Traição de Sangue 7- <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2014/02/sangue-felino-de-charlaine-harris.html">Sangue Felino</a></i></span></h3>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div>
</div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-12244742259489285882013-09-10T01:46:00.000+01:002013-09-10T01:47:36.159+01:00A Flor Oculta, de Pearl S. Buck<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXc0DQ5vKjlrHEA_XFGheQ5LllV3li_CPiscdiDcIkzMqhmkB_Pnsi7aeyzbI3w4fExybL7YvkJdGWuY5EQHo4cpzk6Jn24ALXyS2IBJUjdtUFGWTGb6UoFWvDSv6Y2m7OW-2oWhqUqMUR/s1600/DSC00823.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXc0DQ5vKjlrHEA_XFGheQ5LllV3li_CPiscdiDcIkzMqhmkB_Pnsi7aeyzbI3w4fExybL7YvkJdGWuY5EQHo4cpzk6Jn24ALXyS2IBJUjdtUFGWTGb6UoFWvDSv6Y2m7OW-2oWhqUqMUR/s200/DSC00823.JPG" width="150" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Sinopse:</span></b> A Flor Oculta é uma bela e pungente história de amor, cujos protagonistas - uma japonesa e um americano - vivem um drama intenso e doloroso. Mas, das ruínas do amor aniquilado pelos preconceitos, brota a "flor oculta", o pequeno Lennie, que vai encontrar, à sua volta, a dádiva generosa da mais profunda simpatia humana</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">A minha opinião:</span></b> Parti um pouco à aventura para a leitura deste livro, pois o único que sabia era que a autora tinha ganho o prémio nobel. De facto, desde cedo se nota a qualidade da escrita de Pearl S. Buck. As partes descritivas intercalam com as narrativas na dose certa, fornecendo ao leitor imagens belíssimas ou cruamente realistas do que está a ocorrer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">N' <i>A Flor Oculta</i>, Pearl S. Buck apresenta-nos a história de Josui, uma japonesa de uma família que vivera na Califórnia, que conhece Alenn, um soldado americano que se encontra, por um período, no Japão. Os dois apaixonam-se, todavia terão de lutar contra o preconceito racial que sofrem, quer no Japão, quer nos Estados Unidos. Esta questão da mistura de raças era algo que preocupava a autora, o que se espelha, então, nos livros que escreveu. Deste modo, ainda que, agora, estes não sejam tão revolucionários quanto isso, servem para, de facto, nos relembrarmos da profunda mudança de mentalidade que ocorreu no século XX e que, contudo, deve continuar a ocorrer, pois o caminho para uma completa igualdade é, ainda, longo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>A Flor Oculta</i> apresenta brilhantemente um confronto de filosofias de vida - japonesa e americana - bastante realista, sem cair em algo desinteressante. As personagens são muito credíveis e representam magnificamente os seus papéis, revelando-se submissas e resignadas ao destino, em certas alturas, mas, noutras, rebeldes e ansiosas por tomar ação, sendo que a autora consegue fazer transparecer esses estados de espírito na perfeição. Pelos vários momentos que vivem as personagens, é impossível não rever nelas outros acontecimentos relacionados connosco ou com quem conhecemos - a sensação de inadptação, a incompreensão devida a preconceitos por parte de quem nos ama, a influência da mentalidade da sociedade ou a sensação de que os esforços feitos foram inúteis, de que, afinal, remamos contra a maré. Neste livro, a reflexão é motivada por uma temática que faz, de algum modo, lembrar Madame Butterfly, devido à angústia de Josui por ficar, para sempre, entre a cultura nipónica e americana, nunca pertencendo verdadeiramente a nenhuma. O mais incrível, porém, é a evolução abismal da personagem ao longo do livro, sendo o seu sofrimento quase palpável. Porque todos nos sentimos, nalgum momento, na terra de ninguém.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Este livro vale, assim, não por uma história imprevisível, ainda que dolorosamente bela, mas pela impressão que provoca no leitor, pela reflexão que nele motiva. Talvez ter gostado bastante deste livro se deva a uma ótima combinação entre o livro e a altura em que o leio, mas o facto é que as personagens e a sua história acabaram por me tocar mais do que estaria à espera, agora que olho objetivamente para aquilo que li. Porém, ao escrever a crítica, tenho plena consciência de que, afinal de contas, não é um nobel que faz uma boa experiência de leitura, é a conjugação de milhares de variáveis. Não conheço mais de Pearl S. Buck, mas é uma autora cujos livros tenciono descobrir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #cc0000;">Classificação:</span></b> 8/10 - Muito Bom</span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-92055798501085104332013-09-04T15:27:00.001+01:002013-09-04T15:27:18.525+01:00Todos - caminhada de culturas [Aromas e Especiarias do Oriente]<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Caros leitores, </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">se procuram um progama diferente, em <b>Lisboa</b>, nos dias <b>12, 13, 14 e 15 de setembro</b>, convido-vos a experimentar o festival Todos, que se realiza na zona de S. Bento/Poço dos Negros. Esta será a 5ªedição do festival TODOS, que se realizava no Intendente, sendo que este ano se associou às "Noites de São Bento", decorrendo em paralelo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">São 4 dias recheados de <b>música, dança, teatro e cinema</b>, assim como <b>visitas guiadas a museus e ruas</b>, conversas sobre o transcendente ou a língua persa, entre outros, grande parte de <b>entrada livre</b>. Para (re)descobrir um bairro característico de Lisboa e a sua multiculturalidade, das 10 h até às 24h, atividades não faltam.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O aroma da arte, nas ruas de Lisboa.</span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-45020557521083761042013-08-30T19:11:00.000+01:002013-08-30T19:11:48.803+01:00Os Pássaros de Seda, de Rosa Lobato de Faria<a href="http://d202m5krfqbpi5.cloudfront.net/books/1234739253m/2433449.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://d202m5krfqbpi5.cloudfront.net/books/1234739253m/2433449.jpg" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: blue;"><b>Sinopse:</b> </span>Graças à qualidade eterna do carácter de minha mãe e ao consequente travão que ela pôs à entrada do "progresso" naquela casa, a Pedra Moura guardou para sempre a sua transcendência de lugar mágico. O reino dos contos de fadas e dos autos de Natal, o mundo dos antigos aromas e sabores, o sítio da infância, o refúgio ideal para nascer e morrer.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Assim terminam as memórias de Mário, um dos protagonistas de Os Pássaros de Seda, um livro soobre a condição humana, que opões os valores perenes da infância, do maravilhoso e do amor à precariedade das paixões e dos transes da fortuna.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Um magnífico romance que, depois de O Pranto de Lúcifer, confirma a sua autora como uma presença incontornável no panorama da nova ficção portuguesa.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: blue;"><b>A minha opinião: </b></span>Belíssimo. Este pequeno livro de 200 páginas encerra em si uma história mundana, de um amor silenciosamente incorrespondido. Algo cliché, é certo, mas em Rosa Lobato de Faria o que nos toca não é um enredo com grande mistérios e acontecimentos imprevisíveis. O que nos toca, sim, é a beleza da escrita, os pormenores e os detalhes que transformam, aos ouvidos, a prosa em poesia.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Os Pássaros de Seda</i> são, praticamente, as memórias de Mário, filho de uma criada, que vive com ela, o tio-avô - Zebra - e Diamantina, que foi adoptada pela mãe e o tio. Companheiros inseparáveis enquanto crianças, Mário cedo evoluiu para um amor sincero por Diamantina, a qual não via em Mário senão um irmão. A vida de ambos segue rumos muito diferentes, mas sendo Diamantina a protagonista da vida de Mário é, também, ela a protagonista deste livro.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Os Pássaros de Seda</i> apresenta-nos, assim, uma história que nos dá asas para reflectir sobre as relações humanas, os erros do passado, o apreço que damos, mas principalmente, o que não damos ao que nos rodeia, e o facto das nossas memórias serem feitas de pequenos momentos, mas esses momentos fazerem toda a diferença. No fundo, <i>Os Pássaros de Seda</i> fala-nos da vida.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E essa reflexão deve-se às personagens que nos lembram os nossos próprios amigos, namorados, irmãos, pais, avós, desde os contos do tio Zebra que, metaforicamente, descrevem tantos momentos e erros nas vidas de Diamantina e Mário, aos pensamentos das personagens, quer principais quer secundárias, que nos ferem o coração de tão dolorosamente verdadeiras e aplicáveis à nossa vida.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ao acabar de lê-lo, a única palavra que tenho em mente é bravo. O final dói pela morte de Mário, uma personagem cuja intervenção quase parece um detalhe na história, mas que nos proporcionou um livro belíssimo que nos envolve subtilmente mas de maneira incontornável.</span><br />
<span style="color: blue;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: blue;"><b>Classificação: </b><span style="color: black;">8/10 - Muito Bom</span></span></span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-73449510765385085942013-08-26T19:22:00.000+01:002014-01-31T18:47:49.676+00:00Crónica do Pássaro de Corda, de Haruki Murakami<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.casadasletras.leya.com/fotos/produtos/150_9789724616926_cronica_do_passaro_corda.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.casadasletras.leya.com/fotos/produtos/150_9789724616926_cronica_do_passaro_corda.jpg" height="200" width="130" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: #6fa8dc;"><b>Sinopse:</b></span> Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a
sua vida transformada após o telefonema anónimo de uma mulher. Começam a
aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai
degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A percepção do
mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco,
Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda
a sua vida. <br />
Este livro conta com uma galeria de personagens tão surpreendentes como
profundamente autênticas e, quase por magia, o mundo quotidiano do Japão
moderno aparece-nos como algo estranhamente familiar.<br />
<i>Crónica do Pássaro de Corda</i>, ao qual foi atribuído o Prémio Yomiuri, é considerado, por muitos, a obra-prima de Murakami. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b><span style="color: #6fa8dc;">A minha opinião: </span></b>Murakami é um escritor único, cujas obras primam pela atmosfera surreal em que o leitor é envolvido. Apesar da peculiaridade das personagens e acontecimentos narrados, que chegam a ser muito bizarros, o facto é que as histórias costumam ser sempre cativantes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Na <i>Crónica do Pássaro de Corda</i>, Murakami apresenta-nos Toru Okada, um homem que aparenta levar uma vida banal até que recebe uma chamada anónima de uma mulher, sendo que, a partir daí, a sua vida vai estar repleta de acontecimentos que parecem ilógicos, mas que, na realidade não são tão obscuros ou deslocados da realidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Confesso que, no início, me foi difícil gostar do livro. Isto, porque se revelava já uma tendência para muitas pontas soltas e histórias paralelas ao longo da leitura que, ainda que se tenham mantido ao longo desta e até tenha gostado, foram difíceis de me habituar inicialmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas, se primeiro se estranha, depois entranha-se e o facto é que a leitura foi ganhando ritmo. Este livro foi, dos que li de Murakami, aquele com que deparei com personagens mais inusuais, que por se distanciarem das opções de vida habituais, revelam uma sabedoria e liberdade fascinantes. Dentro das pessoas com que Toru contacta, conhecemos espírito livres e jovens, personagens que abraçam o sobrenatural, mas também seres sem escrúpulos e manipuladores, que reconhecem os mais vulneráveis e deles se aproveitam. Com eles reflectimos sobre o destino, a dualidade do ser humano, o conhecimento que temos sobre as pessoas e os impulsos, a fronteira ténue entre consciente e inconsciente, sendo várias as passagens convidativas a estas reflexões pessoais, que me fizeram parar a leitura, diversas vezes, para absorver o que estava a ler. Aliás, a diferença tão subtil entre sono e vigília afectaram, inclusivamente, uma noite que seria, para mim, calma e tranquila, mas que Murakami não deixou sossegada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Confesso que gostaria de ter gostado tanto deste livro como dos outros que li dele, mas o facto é que me deixou um vazio no final. Talvez por ter sentido pouco interesse em algumas partes da leitura ou por Murakami ter levado mais ao extremo as pontas soltas em alguns momentos do livro, não desfrutei tanto da história da <i>Crónica do Pássaro de Corda</i>. Porém, a leitura de excertos onde há um apelo magnífico às sensações, que me levam a descobrir obras de música clássica maravilhosas e as reflexões que o livro incitou valeram bem a pena.</span></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b>Classificação: </b>7/10 - Bom<b> </b></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">PS - Para os leitores que gostariam de começar a ler Murakami, <i>Sputnik, Meu Amor</i> ou <i>A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol</i> seriam melhores escolhas, a meu ver, para se ambientarem ao estilo de Murakami.<b> </b> </span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-50321113958208510672013-08-22T18:56:00.002+01:002014-01-31T18:49:11.961+00:00O Enigma das Cartas Anónimas, de Agatha Christie<a href="http://www.leyaonline.com/fotos/produtos/250_9789724127033_o_enigma_das_cartas_anomimas_254.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.leyaonline.com/fotos/produtos/250_9789724127033_o_enigma_das_cartas_anomimas_254.jpg" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #b45f06;"><b>Sinopse</b>:</span> Após um acidente grave, Jerry Burton escolhe a aldeia de Lymstock para
convalescer sob os cuidados da irmã, Joanna. Mas a tranquilidade da
aldeia vai ser abalada por uma sucessão de cartas anónimas. Afinal, em
Lymstock a calma é apenas aparente – a povoação está cheia de intrigas e
mistérios – e o caso das cartas, inicialmente pouco perturbador, acaba
por assumir contornos de tragédia quando uma das destinatárias
aparentemente se suicida. E enquanto o caos, o pânico e a desconfiança
se instalam, surge a dúvida: estarão os habitantes a ser vítimas de um
psicopata ou de si próprios, dos seus segredos, erros e pequenas
infâmias, cuidadosamente guardados ao longo dos anos? A ajuda chegará de
onde menos se espera: de uma velha senhora, de visita à aldeia e
hospedada em caso do vigário. Nem mais nem menos que Miss Jane Marple.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b style="color: #b45f06;">A minha opinião: </b>O <i>Enigma das Cartas Anónimas</i> de Agatha Christie conta com os ingredientes já habituais da Duquesa da Morte. Mr Burton, para um período de coalescência, decide ir paro o campo com a sua irmã, de modo a ter um período de paz e sossego, como ele próprio afirma. Porém, obviamente, o que o espera não é paz nem sossego. Pouco tempo depois de conhecer a vila, ele e outros habitantes começam a receber cartas anónimas com assuntos obscenos sobre os destinatários, que não correspondiam à verdade e, inclusivamente, levaram ao suicídio de uma mulher.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Rapidamente Mr Burton interessa-se por descobrir a identidade do remetente das cartas e , para tal, ajuda a polícia. Porém , pouco se descobre até Miss Marple entrar em cena e dar a sua graça.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Apesar de não ser um dos melhores de Agatha Christie, é um livro viciante e que, estranhamente, não conta com uma grande intervenção de Miss Marple, pois é muito concentrado em conhecer a aldeia sob o prisma de Mr Burton. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pela história engraçada, personagens curiosas e, claro, um desfecho com o qual não contava, este livro revelou-se uma boa leitura. Até agora, Christie é uma aposta segura.</span><br />
<br />
<span style="color: #b45f06; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b style="color: #b45f06;">Classificação: </b>7/10</span></span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-44267122176930807042013-08-18T11:20:00.000+01:002014-08-02T12:48:59.754+01:00Sangue Furtivo, de Charlaine Harris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.estantedelivros.com/wp-content/uploads/2010/04/Sangue-Furtivo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.estantedelivros.com/wp-content/uploads/2010/04/Sangue-Furtivo.jpg" height="320" width="222" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: #cc0000;">Sinopse:</span> </b>Sookie Stackhouse, uma empregada de bar na pequena vila Bon Temps, não é alheia a experiências sobrenaturais. Mas agora estranhos acontecimentos estão a mexer com a sua família e nunca antes o sobrenatural esteve tão próximo. Quando Sookie repara que os olhos do seu irmão Jason começam a modificar-se, ela percebe que ele está prestes a transformar-se numa pantera pela primeira vez - uma transformação mais rápida e intuitiva do que a maioria dos metamorfos que ela conhece. Mas a preocupação de Sookie torna-se mais intensa e assustadora quando um atirador furtivo aponta a sua mira para os metamorfos locais, e os novos "irmãos" felinos de Jason começam a suspeitar que ele pode estar por trás dessa mira. Sookie tem até à próxima lua cheia para descobrir quem está envolvido nestes ataques... a menos que o atirador decida encontrá-la primeiro...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b style="color: #cc0000;">A minha opinião: </b>Caros fãs da série, boas notícias, o 5º livro é extremamente viciante, à semelhança dos anteriores. O mundo criado por Charlaine Harris e as personagens carismáticas que nele habitam são mais que suficientes para ser impossível largar o livro, uma vez começado, mesmo que os ingredientes de policial sejam sensivelmente os mesmos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em <i>Sangue Furtivo</i>, a história debruça-se essencialmente sobre a comunidade metamorfa, sendo que os vampiros têm relativamente pouca ação. Quem sente curiosidade sobre a comunidade metamorfa, certamente gostará deste livro. Quanto aos outros, espero que tenham a sua vontade satisfeita nos livros seguintes. Ainda assim, estando algo curiosa pela transformação de Jason, senti-me um pouco desiludida pelo seu (quase) nenhum desenvolvimento. Compreendo que não fosse crucial, mas gostaria que Jason tivesse tido um pouco mais de protagonismo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No que diz respeito ao enredo, tenho uma grande reserva: os casos amorosos de Sookie começam a ser um pouco demais, principalmente porque estão todos num estado potencial. Espero, sinceramente, que nos livros seguintes esta questão se resolva, que o estado de indecisão dela é um pouco exasperante.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por fim, algo que foi inevitável não reparar ao longo da leitura: ler os livros desta saga é muito mais divertido em inglês. Não quero dizer que o trabalho de tradução esteja mal feito, mas a verdade é que em inglês o tom humorístico e coloquial de Sookie enquanto narradora é mais natural e cativa, sem dúvida, mais do que lê-lo em português. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Posto isto, apenas confirmo. A saga Sangue Fresco é a definição de livros page-turner, pelo que continua indispensável como um absorvente escape ao mundo real.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">Classificação:</span></b> 7/10 - Bom</span><br />
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.727272033691406px; line-height: 18px;">Saga Sangue Fresco - opiniões :</span></span></div>
<div>
<h3>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">1 <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2009/12/sangue-fresco-de-charlaine-harris.html"><i>Sangue Fresco</i></a> - 2 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/01/divida-de-sangue-de-charlaine-harris.html">Dívida de Sangue</a></i> - 3 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2010/07/club-dead-charlaine-harris.html">Clube de Sangue</a></i> - 4 <i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2011/08/dead-to-world-sangue-oculto-de.html">Sangue Oculto</a> - </i>5 <i style="font-weight: normal;">Sangue Furtivo 6-</i><i><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2014/01/traicao-de-sangue-de-charlaine-harris.html">Traição de Sangue</a> 7- <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.pt/2014/02/sangue-felino-de-charlaine-harris.html">Sangue Felino</a></i></span></h3>
</div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div>
</div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-6020718611857897262013-08-13T22:30:00.000+01:002014-08-02T12:48:29.105+01:00Caim, de José Saramago<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://multimedia.fnac.pt/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/0/6/7/9789722120760.jpg?201203152021" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://multimedia.fnac.pt/multimedia/PT/images_produits/PT/ZoomPE/0/6/7/9789722120760.jpg?201203152021" height="320" width="207" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: #783f04; font-weight: bold;">Sinopse (contracapa): </b>Pela Fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Por causa da sua fé, Deus considerou-o seu amigo e aceitou com agrado as suas ofertas. E é pela fé que Abel, embora tenha morrido, ainda fala. (Hebreus , 11-4)</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #783f04; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="color: #783f04; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A minha opinião: </b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sendo este o terceiro livro que leio de Saramago, posso confirmar que a sua escrita é, de facto, sublime. Ainda que a primeira impressão seja de estranheza, assim que entramos no esquema, ansiamos por esta prosa fluida e riquíssima que tanto oscila entre momentos de sabedoria popular e expressões corriqueiras e momentos com referências que caracterizam, claramente, um narrador muito culto.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em <i>Caim</i>, observamos essencialmente o confronto entre o Homem e o Deus do antigo testamento. Para tal, Saramago apresenta episódios de vários livros do antigo testamento, como a Criação, a Torre de Babel, a batalha de Jericó, o sacrifício de Isaac, a arca de Noé, entre outros. Episódios que, especialmente para aqueles que tiveram uma educação católica, são muito familiares. Com este livro, confirma-se que o conhecimento de Saramago sobre a Bíblia e a religião católica é notável, pelo à vontade demonstrado pelo narrador na manipulação dos episódios, deixando, no entanto, muitos pormenores bíblicos intactos, pormenores esses que demonstram como se Saramago baseou na Bíblia para escrever <i>Caim</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Confesso que admiro a coragem de Saramago ao publicar certas passagens deste livro. Ainda que não as ache propriamente corrosivas, sei que são capazes de chocar muitas pessoas. O mais curioso é que, muitas vezes, próximo de um insulto há uma certa censura do que acabou de ser dito, como se, a meio da argumentação houvesse a visão castradora da sociedade que reprova quem se revolta contra Deus. No fundo, e, para mim, esse foi o único problema deste livro, aquilo que foi apresentado não representou nada de novo. Tendo tido uma educação católica, a repulsa pelo Deus vingativo e injusto do antigo testamento que conscientemente quer provar a fé dos homens é algo que me acompanha desde que comecei a questionar a minha fé e que, aliás, me faz ver esse Deus como uma mera criação humana para aquilo que o antigo testamento realmente serve - uma espécie de histórias com princípios morais que devem ser seguidos como existem as fábulas que todos lemos em crianças.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Posto isto, <i>Caim</i> é uma leitura que, de facto, se destaca por apelar ao lado crítico do leitor. A visão satírica e irónica deste duelo argumentativo entre Caim e Deus não deixa o leitor passivo, ainda que o facto de Deus ser apresentado como vilão não seja propriamente chocante, pelas razões referidas acima. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>Caim </i>prima assim, pela irreverência da escrita, pela manipulação dos episódios bíblicos e pelo final brilhante que fazem deste livro um convite à reflexão sobre a religião e esse Deus vingativo cujas histórias são passadas de geração em geração desde há dezenas de séculos. "</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">mas algo sei, sim algo devo ter aprendido, Quê, Que o nosso deus, o criador do céu e da terra, está rematadamente louco, porque só um louco sem consciência dos seus actos admitiria ser o culpado directo da morte de centenas de milhares de pessoas e comportar-se depois como se nada tivesse sucedido."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="color: #783f04;">Classificação:</span></b> 8/10 - Muito Bom</span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-45065693646115912432013-08-10T16:28:00.001+01:002013-08-10T16:28:06.549+01:00Homenagem à Catalunha, de George Orwell<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBAXnw3pPJf1vmWAmS-YmVtxR14AR0S1APcdcdripnRYpfiYkOXf5nA_5rNUacy0eO2F9BE324pU55cFOn6ZzzVFhgrpej3BhDNpqAJG_qbxJ9jY9OPE6mF_dKi533Rths8fnEUYu9cBc/s1600/P6060037.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBAXnw3pPJf1vmWAmS-YmVtxR14AR0S1APcdcdripnRYpfiYkOXf5nA_5rNUacy0eO2F9BE324pU55cFOn6ZzzVFhgrpej3BhDNpqAJG_qbxJ9jY9OPE6mF_dKi533Rths8fnEUYu9cBc/s320/P6060037.JPG" width="216" /><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; text-align: justify;"><b></b></span></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; text-align: justify;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #660000;"><b><a href="http://www.fnac.pt/Homenagem-a-Catalunha-George-Orwell/a55715">Sinopse</a>:</b></span> </span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A Revolução Espanhola ocupa um lugar-charneira na obra de George Orwell. Escrita no final da guerra civil espanhola (1936-1939) a partir da sua própria experiência na frente de combate <i>Homenagem à Catalunha</i> é uma obra ímpar onde o autor descreve com o agudo poder de observação que o caracterizava o confronto entre os vários grupos revolucionários incluindo as suas clivagens internas e os fascistas. De facto Orwell tinha uma franqueza rara entre a esquerda militante: dizia o que via mesmo que isso pusesse em causa o que até então havia pensado oferecendo-nos aqui um retrato lúcido das peripécias da guerra civil.</span></span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="color: #660000;">A minha opinião: </b><i>Homenagem à Catalunha</i> é um relato da experiência do escritor inglês, George Orwell, na milícia do POUM na guerra civil espanhola. Apesar de, como o próprio afirma, este relato ser bastante parcial, o facto é que, por isso, se torna bastante interessante ler sobre este conflito aos olhos de um inglês comunista que, se a princípio parece encantado com o comunismo e a sua forma de ser vivido nos primeiros tempos de guerra, no final, parece já desencantado, transmitindo-se um pouco dessa desilusão para o leitor.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apesar de não ser uma leitura muito leve, fornece bastantes detalhes sobre o combate do lado das milícias republicanas e da perseguição final aos militantes do POUM. Alternando alguns capítulos em que Orwell explica o contexto político, os partidos existentes e a intervenção e imprensa estrangeira na guerra com a sua própria experiência pessoal, o leitor fica com uma ideia mais completa do conflito. Ao mesmo tempo, o livro serve de homenagem </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">aos homens que combateram na guerra e que, como acontece frequentemente, acabam por cair no esquecimento. Neste livro, os espanhóis e ingleses que combateram com Orwell revivem, a Barcelona em que este viveu é vista novamente, a mudança do seu clima e atmosfera revolucionária é novamente observada pelos leitores contemporâneos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acabando por cair, em alguns momentos, na monotonia de relatos históricos nos quais as páginas passam e a ação pouco se desenrola, o facto é que assim se espelha a frustração de estar nas trincheiras ao frio e com fome, na ânsia do combate que não chega, no sentimento de inutilidade que nos rodeia, na desilusão de ver os ideiais que defendemos derrotados.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="color: #990000;">Classificação:</span></b> 7/10 - Bom</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-64285609776565880192013-07-21T22:06:00.001+01:002014-02-01T15:58:42.832+00:00Flatland, de Edwin A. Abbott<br />
<a href="http://images.portoeditora.pt/getresourcesservlet/image?EBbDj3QnkSUjgBOkfaUbsOO1PkcorE7ouH4GdCRFtw5GSdbCxYhRAevcIzJaxaYA&width=150" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.portoeditora.pt/getresourcesservlet/image?EBbDj3QnkSUjgBOkfaUbsOO1PkcorE7ouH4GdCRFtw5GSdbCxYhRAevcIzJaxaYA&width=150" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Sinopse:</b><span style=> <em style="line-height: 20px;">Flatland</em><span style="line-height: 20px;"> é um romance revolucionário onde grande parte da acção se passa num universo a duas dimensões, habitado por toda a espécie de figuras geométricas. O narrador do livro, ele próprio um quadrado residente neste imenso território bidimensional, leva-nos a percorrer com notável rigor matemático outros mundos com apenas uma dimensão, ou com três, e entreabre o caminho para discutir outras dimensões. Se cientificamente </span><em style="line-height: 20px;">Flatland</em><span style="line-height: 20px;"> é sem dúvida um livro excepcional, antecedendo em vários anos conceitos discutidos pela física moderna — como a relação espaço-tempo —, literária e teologicamente é também um testemunho notável. E se, a certo ponto, pode ser chocante a aparente misoginia do autor, cedo se torna evidente que estamos perante uma das mais mordazes sátiras sociais aos hábitos vigentes durante a época vitoriana. </span></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style= line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A minha opinião: </b><i>Flatland</i> é um daqueles livros que, apesar de ter uma pequena dimensão, encerra em si conceitos capazes de mudar a visão do leitor. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Edwin Abott apresenta, assim, a sociedade que habita <i>Flatland</i>, um mundo a duas dimensões, constituída por retas, triângulos, quadrados, pentágonos etc. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">São vários os aspetos desta sociedade a duas dimensões que nos deixam a pensar. Isto, porque, no fundo, estamos a observar a nossa mentalidade aplicada a um mundo com menos 2 dimensões: este apresenta também uma sociedade estratificada, com mecanismos de ascensão social, a diferença entre homem e mulher está também visivelmente representada, a resistência a mudar um preconceito/ capacidade de conseguir ver o mundo sem nos prendermos pelo conhecimento que julgamos possuir é algo quase que inevitável tanto para os habitantes de <i>Flatland</i> como também para nós, seres humanos. Deste modo, à medida que avançamos no livro, apercebemo-nos que o mundo representado, tão diferente e , de certa forma, difícil de imaginar na nossa mente, vai começando a assemelhar-se aos contornos do nosso mundo, tornando-se impossível não questionar se também nós seremos obtusos em relação à existência de realidades com mais dimensões. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 20px;">Porém, o questionamento continua. Quando o quadrado, personagem que acompanhamos na nossa descoberta de <i>Flatland</i>, visita a <i>Lineland</i> ou contacta com a <i>Spaceland,</i> tendo uma visão mais alargada na primeira, e mais limitada na segunda, são várias as perguntas que assaltam o leitor: até que ponto estamos limitados na nossa visão sobre a realidade? Serão as nossas leis da física e matemática universais ou só se aplicam à nossa realidade restrita, ao sistema em que nos encaixamos? Até onde poderemos ser incrivelmente ignorantes por nos recusarmos a deixar os nossos preconceitos?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style=" line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não, esta obra de ficção matemática não nos responderá a estas perguntas, mas fará estas e outras mais àqueles que se atreverem a visitar este mundo. Apesar de ter ouvido falar pouco deste livro, recomendo-o, sem reservas.</span></span><br />
<span style=" line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style= line-height: 20px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Classificação :</b> 8 /10 - Muito Bom</span></span></div>
Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-72987690422508164122013-03-18T10:26:00.000+00:002014-08-02T12:47:47.040+01:00Os Maias, de Eça de Queiroz<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://livrosdobrasil.com/xms/dbimages/EQ5GRA_133x194.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://livrosdobrasil.com/xms/dbimages/EQ5GRA_133x194.jpg" height="200" width="136" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Os Maias</i>, de Eça de Queiroz, a obra que dispensa apresentações.</span></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Fazendo parte do programa de português do 11º ano, já há muito tempo que estava mentalizada que teria de ler o livro <i>obrigatoriamente</i> quando lá chegasse.</span> E estava quase certa que não ia gostar, precisamente por este rótulo de <i>obrigatório</i> aliado às várias frases que se ouvem de que <i>a história até é gira, mas o Eça descreve demasiado </i>ou<i> li até à página 100, mas mais não consegui </i>ou<i> era demasiado aborrecido, mas também não te preocupes, não precisas de ler tudo... </i></span><br />
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Aviso já que aqueles que vieram aqui para um resumo ou crítica d' <i>Os Maias</i>, voltem para trás. Peguem no livro, vão com vontade de ler e dêem uma oportunidade a uma obra cuja imagem entre os jovens não lhe faz, de todo, justiça. Começar a ler, quando é obrigatório, para mim é o mais difícil, mas no caso d' <i>Os Maias,</i> ao fim de 20 páginas, já me tinha esquecido de que o lia para uma disciplina, de tal maneira estava mergulhada no mundo e escrita queirosianos, na sociedade lisboeta do século XIX.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente, o Ramalhete." É assim que começa esta obra, merecidamente uma referência na literatura portuguesa, cuja história fica para sempre gravada na memória dos leitores e cuja escrita prima pela qualidade e pela exatidão na descrição.*</span><br />
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Os Maias</i> têm uma intriga que poderia facilmente ser resumida em poucas frases, porque o objetivo para Eça de Queiroz não era escrever uma novela para ler aos serões. Inserida no realismo,<i> </i>a obra pretende acima de tudo, criticar a sociedade. A história da família Maia, principalmente de Carlos, entretém, sem dúvida, mas este entretenimento serve apenas de pretexto para Eça fazer um retrato minucioso da alta sociedade portuguesa, criticá-la e expôndo-a tal como era. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">De facto, apesar de ter uma história cativante e personagens interessantes, estas não seriam suficentes para preencher 700 páginas. A vida de Carlos da Maia, os seus devaneios com a condessa Gouvarinho, a paixão por Maria Eduarda ou os seus encontros sociais com João da Ega, Alencar e outros têm um certo interesse, deixando o leitor com saudades quando abandona a Lisboa de Carlos da Maia. Porém, é preciso outro conteúdo, que nos é dado em pequenas (grandes) interrupções no primeiro plano da ação, dando lugar a debates acesos sobre a educação, a política, a literatura, as finanças, entre outros. E é então nesses momentos que o leitor se depara com a falta de cultura e de civismo da elite, a corrupção, a ausência de espírito crítico, o conservadorismo, o atraso e o ridículo em que cai a classe portuguesa. </span><br />
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<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É assim que a crónica dos costumes impressiona. É assim que o retrato das camadas mais abastadas e a crítica impiedosa de Queiroz fazem de um livro de novela uma obra imponente e intemporal. Porque o facto de Carlos se apaixonar pela irmã não choca já ninguém, o leitor é até preparado para isso, o que choca, sim, é o incesto <i>consciente </i>que assistimos no final do livro, praticado por uma pessoa submetida a uma educação rigorosa, pertencente à alta sociedade, que, no entanto, no dilema, sucumbe à paixão em detrimento da moral. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #38761d;"><b>Classificação : </b></span>9/10 - Excelente</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">*Convido os leitores a fazer os passeios queirosianos em Lisboa e Sintra e constatarem que, ao levar o livro, as descrições de Eça espelham nitidamente o local onde nos encontramos. </span>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1102478941775392274.post-4213473778735321252011-12-31T14:33:00.002+00:002011-12-31T15:26:04.192+00:002011<span>Nunca pensei vir alguma vez a escrever algo deste género no blog, apesar de já ter tido vontade de o fazer antes. Porém, é meia-noite do dia 31 de dezembro de 2011 e penso, porque não.</span><div><span>Este último trimestre de 2011 confirmou uma tendência que surgiu quando entrei no secundário: a minha total falta de vontade de começar um livro em tempo de aulas. E isto causa-me estranheza. Estranheza porque sempre vi os livros como um bilhete para escapar à realidade, estar num mundo só meu por um tempo. Sempre foi uma forma de descomprimir, daí que as minhas literaturas recaiam essencialmente em romances e fantasia, raramente um livro com fundo verídico passa nas minhas mãos. Porém, vejo me a abrir um livro, ler as primeiras linhas e pensar no quão cansada estou e no que tenho para fazer no dia seguinte e dou por mim no final da página sem saber o que li, e fecho o livro e adormeço. Na noite seguinte, posso nem abrir o livro devido à tentativa fracassada anterior. Olho para a mesa de cabeceira e vejo <i>Os Maias</i>, <i>Olhai os Lírios do Campo, Mulherzinhas </i>e <i>Lolita</i>, entre outros<i>. </i>Os primeiros dois, obrigatórios para português, o outro para inglês e<i> Lolita</i>, o livro que não consegui acabar de ler. </span></div><div><span>Sinto falta de não saber o que vou ler a seguir, de olhar para a minha estante e escolher, dentro de livros requisitados, emprestados ou inclusive meus, aquele que mais me apela nesse momento. Tenho saudades de ter a liberdade para ler o que me apetece e de ir ao blog e dedicar-me com o mesmo entusiasmo de antes. Por isso nestes últimos meses decidi não forçar. Pelas pessoas que leem o blog, pela Papillon e a Juliet e por mim, por sentir uma obrigação de dar sempre o meu melhor, apesar de saber que as opiniões que escrevo valem o que valem. Porém sei que vou encontrar de novo a motivação.</span></div><div><span><br /></span></div><div><span>Dito isto, um pequeno balanço literário de 2011:</span></div><div><span><br /></span></div><div><span>Os livros que mais gostei:</span></div><div><span><span>- </span><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.com/2010/08/o-despertar-da-magia-de-george-r-r.html"><span>Crónicas do Gelo e do Fogo:</span></a> <span>Já no ano passado figuravam no top e este ano regressam. O sexto volume foi simplesmente fantástico e, apesar das expectativas serem muito altas, foram completamente superadas. Em 2012, é obrigatória a leitura de mais livros desta série.</span></span></div><div><span>- <a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.com/2011/08/o-prenuncio-das-aguasde-rosa-lobato-de.html"><span>O Prenúncio das Águas:</span></a> Não me canso de elogiar Rosa Lobato de Faria, porque a sua prosa é, para mim, encantadora, assim como a forma como torna a história mais mundana e simples em algo maravilhoso.</span></div><div><span>-<span> <i>Amor de Perdição</i>:</span> O que poderei dizer deste clássico? A minha vontade de relê-lo quando o acabei foi enorme, simplesmente porque as cartas que Simão e Teresa trocavam eram belíssimas.</span></div><div><span>- <span><a href="http://cozinha-das-letras.blogspot.com/2011/07/os-pilares-da-terra-volume-2-de-ken.html">Os Pilares da Terra</a> :</span> Sem dúvida que este livro me tocou. A história extremamente bem construída e as suas personagens credíveis foram algo que desfrutei enormemente. Vêm-me sempre à memória quando vejo uma catedral.</span></div><div><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /></span></div><div><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Em números: </span></div><div><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /></span></div><div><span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Livros lidos: 23</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "></span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); color: rgb(0, 0, 153); ">Por género:</span><span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "></span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Romance: 11</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Romance histórico: 4</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Policial: 3</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Fantasia: 3</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Outros: 2</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "></span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "></span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); color: rgb(0, 0, 153); ">Por autores:</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Autores conhecidos: 5</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Autores que não conhecia: 10</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Autor com mais livros lidos: Agatha Christie (3)</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Autores Portugueses: 6</span></span></div><div><span><span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "></span><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Emprestados (biblioteca): 12</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Emprestados (pessoas): 2</span><br style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); ">Comprados:9</span></span></div><div><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /></span></div><div><span style="background-color: rgb(255, 255, 255); "><div><span>O grande objetivo de 2011 a nível literários era ler autores portugueses</span><span>. Para 2012, pretendo continuar com este objetivo e acrescentar autores de expressão portuguesa.</span></div><div><span> </span></div><span><br />Resta desejar a todos os leitores um excelente 2012, com muito boas leituras.</span></span></div><div><span><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span></span></div>Jacqueline'http://www.blogger.com/profile/09691890797550881805noreply@blogger.com1