segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Remédio, de Michelle Lovric

Sinopse: Numa noite inesquecível de 1785, a alquimia do amor e do crime, funde as vidas de uma actriz de Veneza e do rei do crime londrino.

Numa noite inesquecível de 1785, num famoso teatro londrino, a alquimia do amor e da morte funde subitamente as vidas de uma actriz veneziana e de um aristocrata inglês. Mas nenhum deles é quem aparenta ser. Ela é uma espia ao serviço de Veneza, ele, o maior charlatão de Londres. Segredos perigosos e mentiras elaboradas cedo empurram os dois amantes em direcções opostas, desesperados em saber a verdade um sobre o outro, mas também sobre si próprios. É um tempo de remédios fabulosos - excremento de pavão e pó de ouro são considerados tão eficazes quanto serpentes esmagadas - e os amantes procuram um bálsamo para aplacar todas as doenças, todas as feridas do amor. A sua busca leva-os das ruelas mais obscuras de Londres à enigmática Veneza. Uma dança entre teatros e bordéis, boticários e conventos, onde o par pode ser um fidalgo, um espião ou um assassino.

A minha opinião: A história ora acompanha o lado da vida da actriz, ora a do contrabandista. Esse aspecto tornava a narrativa muito interessante, pois permitia, além de compreendermos melhor as duas personagens, irmos sabendo os segredos de cada uma. No entanto, penso que não foi bem trabalhado, pois a nível de ritmo, este era muito inconstante. Além disso, os lados negros das duas cidades não foram bem explorados. Foi uma grande desilusão, pois deparei-me com uma descrição suave demais.

Ao contrário daquilo que me disseram, eu gostei do início. Para já, a escrita da autora é bastante fluída e rica, o que torna a história um pouco mais interessante. Além disso, as descrições das duas cidades, Londres e Veneza, são também bastante boas, pois apesar de não descrever até à exaustão, dá nos uma ideia clara do lugar onde nos encontramos.

O grande senão é mesmo o argumento, digamos assim. A autora retardou um final previsível que eu tinha percebido no início, e havia muitas partes sem qualquer interesse para a história. A meu ver, poderia ter explorado muito mais a parte histórica e não se ter deixado ficar pelo romance essencialmente. Este foi um dos aspectos que me levou a ter uma opinião menos agradável sobre este livro, pois estava à espera de uma maior descrição histórica. No entanto, é de referir que é bastante positivo haver uma nota histórica no final, de modo a que uma pessoa fique elucidada sobre a veracidade de alguns aspectos retratados no livro.

Sinceramente, pensei que esta história tinha muito mais potencial do que a autora desenvolveu. Ainda esperei por uma reviravolta, pois me disseram que o livro ia melhorar lá para o final, mas foi muito desmotivante ler o que já tinha percebido 200 páginas atrás...

Penso que escolhi o livro errado de Michelle Lovric e porque realmente gostei da escrita da autora e da (pequena) parte histórica que retratou, dar-lhe-ei mais uma oportunidade e lerei O Carnaval em Veneza.

Classificação: 5/10 - Razoável

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um corpo na biblioteca, de Agatha Christie

Sinopse: Ela era jovem, loura e usava demasiada maquilhagem. O coronel Bntry e a mulher, Dolly, nunca a tinham visto antes... de a encontrarem morta no tapete da biblioteca! Quem é ela? Como é que foi ali parar? E qual é a sua relação com a outra jovem assassinada, cujo cadáver será posteriormente descoberto num carro incendiado? O respeitável casal Bantry convida a pessoa mais eficiente que conhece no que a mistérios diz respeito: Miss Jane Marple. E quando o enigma se adensa e a investigação aponta para vários suspeitos possíveis, a astuta solteirona faz jus à sua fama de implacável bisbilhoteira.

A minha opinião: Eu já há muito tempo que queria ler um livro da autoria da maior escritora policial do século XX, a famosa Agatha Christie. Para já, por três razões. A primeira porque apesar de gostar de ler policiais, é um género que leio bastante pouco. A segunda porque já me tinham aconselhado muitos dos meus colegas os policiais dela. And last but not least, a minha mãe adorava e tinha montes de livros de quando era pequena.

Portanto, este livro foi a estreia nos livros dela. Para já queria explicar por que razão eu não comecei com Poirot, o que provavelmente teria muito mais lógica. Li as duas descrições e, sinceramente, achei que A Miss Marple era extremamente original, diferente e nada convencional, ideia que permaneceu até ao final. E mais, o engraçado é que ela descobre as coisas comparando com casos na sua aldeia (um aspecto muito interessante), encaixando cada atitude/personagem num determinado padrão (é aqui que todas as coscuvilhices lhe servem de alguma coisa)...

Sobre este volume em especial, confesso que foi uma história que, partindo de uma ideia já conhecida, os corpos na biblioteca,Agatha Christie escreveu uma história muito interessante, distinta que desencadeia um final totalmente lógico, mas inesperado. Isto porque imaginação não falta, quer na história de cada personagem, quer no desenrolar na história, que através de pistas subtis nos levam a determinar tal culpado, quando (e de uma forma muito lógica) esse é completamente inocente...

Em resumo, e porque escrever uma opinião no blog sobre policiais é muito mais difícil do que escrever doutro género, tenho apenas a dizer que é uma experiência a repetir e não se admirem se virem mais uns quantos livros dela por estes tempos, já a começar com Morte no Nilo, da leitura conjunta ;)

Classificação: 7/10

domingo, 13 de setembro de 2009

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

Sinopse: O Sistema era simples. Toda a gente compreendia. Os livros deviam ser queimados, juntamnte com as casas conde estavam escondidos. Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos e gostava do seu trabalho. Era bombeiro há dez anos e nunca questionara o prazer das corridas à meia-noite nem a alegria de ver páginas consumidas pelas chamas... Nunca questionara nada até conhecer uma rapariga de 17 anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam pensar. E Guy apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de fazer...

A minha opinião: Nunca tinha lido nada da categoria
da distopia, pelo que também não o posso comparar a outros livros, no entanto, daquilo que li, gostei bastante de experimentar este género.

Uma das coisas que me levou a ler este livro foi o seu conceito fenomenal. Já imaginaram viver numa sociedade onde cada casa que tivesse livros fosse queimada, em que se pensasse que os livros não diziam nada, pois eram demasiado reais. No entanto, a medida que a história se desenrola, vamos percebendo como a partir desta sociedade caminhámos para o que acontecia naquela. Um conceito assustador, mas não tão irreal como deveria ser. [Na verdade, os livros agora não são queimados, mas muitos são deixados nas prateleiras por ler, ou comprados para fazer decoração.] E o que é um livro se não é lido? Fahrenheit 451 é realmente um daqueles livros cuja leitura nos faz inúmeras questões sobre o mundo em que vivemos.
Através de várias passagens e metáforas que deixam o leitor questionar-se ou reconhecer muitas coisas da sociedade retratada com a nossa, podemos chegar a várias conclusões, que variarão de leitor para leitor.

Fiquei com pena que o livro fosse tão pequeno. Na minha opinião, a temática podia ainda ser melhor explorada, no entanto, esse é o único ponto fraco que tenho a apontar. De resto, este foi um livro que me proporcionou excelentes horas de leitura.

Classificação: 8/10

Deixo agora uns excertos:

"Os bons escritores tocam muitas vezes na vida. Os medíocres passam uma mão rápida sobre ela. Os maus violam-na e deixam-na às moscas." Como é verdade...

" Percebe agora porque os livros são odiados e temidos? Revelam os poros na face da vida. As pessoas acomodadas querem apenas rostos redondos de cera, sem poros, sem pêlos, sem expressão"

A fonte da frase entre parentesis é esta

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Selinhos :D

Caros Leitores, a Cozinha das Letras recebeu 2 selinhos. O primeiro foi-nos dado pela Sara, do blog A Magia das Palavras, pela Laelany, do blog Chá da Meia-Noite e pela Diana, do blog Refúgio dos Livros. Obrigada Sara, Laelany e Diana! Regras do selinho:
* Postar o selinho no Blogue; * Informar os "premiados" do selinho; * Dizer 5 coisas que você adora na vida.

Coisas que adoramos na vida (não por ordem):
- Dançar, paixão que temos todas em comum
- Ler :) Penso que conseguem perceber
- Amigos
- Música
- Comida :D (especialmente a Jacqueline' e a Juliet)


Vou oferecer este selinho a:

Este Meu Cantinho (O blog da WhiteLady3, que nos acompanhou desde o início)
La Sorcière (O blog da La Sorcière, a nossa bruxinha preferida)
Lydo e Opinado! (O blog do Tiago, da Patrícia e da Sássára, cujas críticas gostamos sempre de acompanhar)
O Cantinho do Bookoholic (O blog do Pedro, que aumenta cada vez mais a nossa lista de livros para ler)
Que a Estante nos Caia em Cima (O blog do Rui e da Arisu, com excelentes sugestões literárias)
Leitura das Marias


O segundo foi nos dado também pela Sara do blog A Magia das Palavras, pela Jojo, do blog Os devaneios da Jojo,pela Laelany, do blog Chá da Meia-Noite e pela Diana, do blog Refúgio dos Livros. Obrigada Sara, Jojo, Laelany e Diana!

Agora é só responder às perguntas!

- Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?
Papillon:
Acabei de ler O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.
Actualmente estou a ler Doida, não e não!, de Manuela Gonzaga.
Jacqueline': Acabei de ler A Filha da Profecia, de Juliet Marillier.
Actualmente estou a ler Fahrenheit 451,
de Rad Bradbury.
Juliet: Acabei de ler a Marcada, de P.C Cast e Kristen Cast.
Actualmente estou a ler Danças na Floresta,
de Juliet Marillier.


- Qual livro preferido?
Papillon: O Vale das Bonecas, de Jacqueline Susann
Jacqueline': A Filha do Capitão, de José Rodrigues dos Santos
Juliet: O Segredo de Cibele, de Juliet Marillier

- Autor, capa, recomendação ou sinopse?
Depende. Se estamos numa livraria, o título e a capa, são das primeiras coisas que nos chamam ou não a atenção. Sinopses não costumamos lê-las todas, só parte, e vemos logo se vamos gostar ou não. O autor sempre ajuda, principalmente se é um dos nossos preferidos. No entanto, todas estas coisas são irrelevantes se é um livro recomendado por alguém com os mesmos gostos que nós.

- Um livro que não consegue terminar de ler.
Pappilon: O Velho e o Mar
Jacqueline': É me muito difícil não acabar um livro. Mesmo que não goste, fico sempre na esperança que algo vá mudar. Só houve um livro que não consegui mesmo. Foi Uma mão cheia de Nada e Outra de Coisa Nenhuma, de Irene Lisboa.
Juliet: Eragon

-Aquele que não sai de sua cabeceira.
O livro que estou a ler. Depois é entregá-los à biblioteca/ arrumar na estante/ devolvê-los àqueles que nos emprestaram :D

- Escritor preferido.
Papillon: J.K.Rowling, Jacqueline Susann,Maria Teresa Maia Gonzalez, Henri Charriere e Isabel Allende.

Jacqueline': Juliet Marillier, J.K.Rowling e JRS, além de Jacqueline Susann (agora reparei que começam todos por J, será coincidência?)

Juliet: Juliet Marillier, J.K.Rowling, Sarah Addison Allen.


-Nós recomendo:
A trilogia Sevenwaters, Harry Potter e Mulherzinhas de Louisa Alcott, vários da colecção Estrela do Mar, em especial , O Rapaz que ouvia as Estrelas, o Monte dos Vendavais, Pappilon, a Herança Bolena e a Espia da Rainha.

- Não recomendo:
Papillon: Delta de Vénus de Annais Nin
Jacqueline' & Juliet: Depende totalmente do género que a pessoa gosta...

Este selinho vai para os blogs referidos no outro selo :D

Muitíssimo Obrigada a todos os nossos caríssimos leitores e visitantes do blog pelo o apoio e pelos miminhos dados :D

Excelentes leituras!**

Cozinha das Letras

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Eva Ibbotson

Eva Ibbotson é uma escritora com vários títulos publicados na colecção Estrela do Mar.
Actualmente, são 4. As Duas Feiticeiras, O Segredo da Plataforma 13, Viagem ao Paraíso Verde e O Grande Mago do Norte. Apenas não li o último e posso afirmar que a autora é uma escritora de livros infanto-juvenis nata.

Eva Ibbotson tem uma escrita cativante, que certamente agradará ao público mais jovem. (Eu própria li os primeiros 2 que referi, em idade de os ler, e gostei bastante, tanto que ainda me lembro relativamente bem da história).

São livros de tamanho médio, e aconselhadíssimos a idades compreendidas entre os 7/11 anos. Em As Duas Feiticeiras e O Segredo da Plataforma 13, temos o género da fantasia, como já habitual na Estrela do Mar. Duas histórias curtas, mas bastante imaginativas. O Segredo da Plataforma 13 aborda o tema de uma passagem secreta de um mundo para outro numa estação de metro, onde se vai desenrolar a busca do príncipe do outro reino. Apesar de haver fantasia, há sempre um pouco de aventura, o que enriquece e bastante a narrativa.

Viagem ao Paraíso Verde fala sobre uma rapariga que vai para o Brasil, que contacta com os índios, e se envolve numa aventura com um mestiço. Neste livro, o género é mais aventura, mas também é bastante interessante, pois tem uma espécie de mistério, ao mesmo tempo que tem descrições lindíssimas do paraíso verde que é, nem mais nem menos, a Amazónia.

Esta é também uma excelente escritora para oferecer aos mais novos, pois combina fantasia, mistério e aventura. Uma excelente mistura para os nossos pequenos leitores!


domingo, 6 de setembro de 2009

Amanhecer, de Stephenie Meyer

[Esta Crítica é da Papillon]

Sinopse:
- Não tenhas medo - murmurei. - Pertencemos um ao outros.

De repente, senti-me esmagada pela realidade das minhas próprias palavras.
O momento era tão perfeito e verdadeiro, que não havia forma de o negar.
Os braços dele rodearam-me, apertando-me contra si...

Uma corrente eléctrica pareceu percorrer cada extremidade dos meus nervos.
- Para sempre - confirmou ele.

A minha opinião
: Espantoso e de cortar a respiração Amanhecer é o final anunciado da Saga Luz e Escuridão. Após uma reviravolta na colecção, com a publicação de excertos de Midnight Sun (o suposto quinto livro da Saga) a escritora Stephenie Meyer decide encerrar a tão famosa colecção com um final que nos deixa a todos em suspence e à espera de mais. Isabella Swan, a tímida e reservada adolescente que namora com o tão perfeito vampiro Edward Cullen, anuncia finalmente o noivado. O casamento, a lua-de-mel e o descanso dão origem à mais surpreendente notícia; Bella está grávida.
Tudo muda, o presente e o futuro vão se aliar mais que nunca. Ninguém aceita a gravidez de Bella, nem mesmo o seu melhor amigo, um lobo, Jacob Black, que já com o coração partido, devido à decisão de Bells, em ficar com Edward e tornar-se uma vampira, decide ajudá-la. Com a meticulosidade de Meyer, que decide dividir este livro em três partes, dando-nos assim a possibilidade de visualizar-mos diferentes pontos de vista da mesma história, este é um livro absolutamente sensacional para todos os amantes de vampiros e de uma bela história de amor, em que o final acaba com um " e viveram felizes para sempre".

*****


Apesar do polémico final e do desagrado geral por parte de muitas fãns, na minha opinião este é um livro magnifico, que emociona a cada detalhe e surprende a cada página. Amanhecer revela a inteligência de Meyer, em deixar todos os fãns com expectativas de uma continuação, não anunciada, e de um final surpreendente que deixa água na boca. Aconcelho a todas as pessoas de diferentes idades a devorar esta colecção desde o ínicio ao fim.
1º livro- Crepúsculo
2º livro- Lua nova
3º livro- Eclipse
4º livro- Amanhecer

Classificação: 9/10

sábado, 5 de setembro de 2009

A Filha da Profecia, de Juliet Marillier

Sinopse: Fainne foi criada numa enseada isolada na costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre as artes mágicas. Esta existência pacífica será ameaçada em breve, e a vida de Fainne jamais será a mesma, quando a avó, a temida feiticeira Lady Oonagh, se impõe na sua vida. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira conta a Fainne que tem um legado terrível: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros e foras-de-lei, incutindo nela um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, a execução de uma tarefa que deixa a jovem aterrorizada. Enviada para Secenwaters, com objectivo de destruí-la, vai usar todos os seus poderes mágicos, para impedir o cumprimento da profecia.

A minha opinião:
Esta foi, sem dúvida, uma triologia que me marcou. Apesar de ter demorado mais tempo a ler este livro, não porque fosse desinteressante, mas porque o tempo foi me consumido por forrar livros, etiquetar material e etc, tive um prazer enorme em lê-lo.

Apesar do meu preferido ser A Filha da Floresta, este foi igualmente fantástico. Ok. Eu tinha adorado o romance de Liadan e Bran, mas acho que este ainda gostei mais. Para mim, Fainne e Darrangh são ainda mais amorosos, ainda ficam melhor juntos..

A cada livro que leio dela, surpreendo-me cada vez mais. Juliet Marillier tem definitivamente um grande dom para contar este tipo de histórias. Neste terceiro livro, temos a oportunidade de poder entender ainda melhor Lady Oonagh e todo o lado das trevas daquele mundo. Apesar de já estar habituada a ter a presença de personagens femininas fortes, para mim Fainne é ainda mais corajosa, pois ela não só tem de combater a força de Lady Oonagh, mas também tem de proteger aqueles que estão à sua volta, de uma forma mais humana, mais real que Sorcha e em menor escala, Liadan.
E passo a explicar. Ela cometia erros, pois não era fácil não se ser enganada pela sua avó, mas havia sempre nela uma luta, uma resistência para não fazer o que estava errado. Se no entanto, ela cometia algum erro, ela tentava sempre no possível emedá-lo, tal como nós o fazemos.

À medida que o lia, estava sempre na expectativa do que aconteceria. Estava muito curiosa com o rumo que Fainne tomava e que desencadeou
, mais uma vez, um fantástico final, bastante imprevisível que só é percebido se estivermos, como habitual, atentos aos pormenores.

Nem preciso de referir, mas esta trilogia é aconselhadíssima.

Classificação: 9/10

Uma frase que eu adorei:

"Então inclinou-se para me dar um beijo na face, o tipo de beijo que um rapaz dá a uma rapariga, quando ambos são demasiado novos para dizer o que sentem" Só mostra o quão bonita é a relação Fainne-Darragh

Para aqueles que leram o livro:

A canção que a Fainne canta no final não foi traduzida pela Bertrand, no entanto poderão vê-la aqui. É lindíssima e mostra sem dúvida como maravilhosa é a relação entre ela e Darragh.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Welcome to Allgarve

A verdade é que não podia de deixar de fazer esta entrada. Este Verão passei duas semanas lá e, como já é meu costume, não pude de deixar de espreitar o que o meu vizinho estava a ler.

Nos apartamentos onde fiquei havia um press center, e qual não foi o meu espanto quando vi uma montra de livros em inglês e em alemão, a preços relativamente bons. Os livros, em geral, são mais baratos no estrangeiro, mas cá era natural que abusassem nos preços, no entanto não foi isso que verifiquei. Foi então que, de repente, assaltou-me uma dúvida. Se os têm, é porque alguém os compra. Incrível que numa semana, haja estrangeiros suficientes para comprarem livros no objectivo de continuarem a sua leitura ininterrupta... Não deixa de ser surpreendente... Quanto a livros portugueses, havia uma feira ao pé da piscina, uma excelente iniciativa por parte destes apartamentos....

Sinceramente, estava à espera de ver menos portugueses a ler, e quando digo isto, não o digo por achar que não somos cultos, mas porque na verdade, não temos ainda muito bem implementado o hábito da leitura. Nas horas de maior calor, vi bastantes pessoas a lerem e (inédito até agora) vi 3 famílias inteiras portuguesas a fazerem-no ! Quanto aos estrangeiros, como habitual, debaixo do seu chapéu de sol ou na piscina, sempre com um livro na mão (pelo menos)...

Augusto Cury liderou as preferências portuguesas, além de Dan Brown e o habitual Harry Potter...

No entanto, ainda estamos muito longe de termos bons hábitos de leitura. Apesar de ter visto bastante mais portugueses, não eram muitos os que tinham um livro em comparação com o número de estrangeiros. No entanto, a nível de leituras na praia, estava melhor que o norte do país, talvez por uma única razão, que infelizmente é ainda é verdadeira... Este não é o Algarve. This is Allgarve.